Auxílio Brasil: campanha de Bolsonaro ainda não vê impacto com aumento

Mesmo com o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, números de Bolsonaro ainda não decolaram nas pesquisas
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Em um intervalo de uma semana, as intenções de voto do presidente Jair Bolsonaro (PL) saíram de 32% para 32%. De acordo com o novo levantamento Ipec divulgado nesta segunda-feira (29), não há grandes mudanças no cenário eleitoral presidencial, mesmo considerando o aumento no valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600.

Os números do Ipec mostram um cenário de estabilidade, com o ex-presidente Lula (PT) firme na liderança com 44% das intenções de voto. Ao mesmo passo, Jair Bolsonaro soma 32% das intenções de voto. Tratam-se exatamente dos mesmos números registrados pela pesquisa há exatamente uma semana atrás.

No caso específico do Ipec, o Instituto não faz um levantamento separado apenas com os eleitores que recebem o Auxílio Brasil. De toda forma, eles analisam o grupo de pessoas que recebem algum benefício do Governo Federal. Neste caso, o ex-presidente Lula aparece com 53% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro segue com 29%.

Informações de bastidores colhidas pela jornalista Andreia Sadi apontam que a campanha de Bolsonaro já esperava por uma melhora da situação do presidente nas pesquisas desta semana. De todo modo, eles acreditam que o impacto ainda poderá ser sentido nos próximos levantamentos, quando o Auxílio de R$ 600 entrar por mais um mês.

A espera está levando mais tempo do que a equipe de Bolsonaro gostaria. Inicialmente, eles afirmavam que uma melhoria nas pesquisas aconteceria logo depois da aprovação da PEC dos Benefícios. Logo depois, a projeção mudou para o início dos pagamentos, e depois para o final dos pagamentos.

Além do Auxílio

Nem todas as notícias são ruins para o presidente Jair Bolsonaro. Embora a nova Ipec aponte para um cenário de estabilidade, o atual chefe de estado segue alargando a margem quando se considera apenas o voto evangélico.

Neste grupo social, Bolsonaro conta com 48% das intenções de voto. Já o ex-presidente Lula é o preferido de 26% do eleitorado evangélico. Em um intervalo de uma semana, a diferença subiu mais três pontos percentuais.

Ainda de acordo com a jornalista Andréia Sadi, Lula deve focar agora em buscar o voto útil sobretudo dos eleitores de Ciro Gomes (PDT). O pedetista oscilou positivamente, mas ainda aparece com apenas 7% no último Ipec.

Bolsonaro não assiste a movimentação parado. Quer impedir que o eleitor de Ciro Gomes se antecipe e vá direto para Lula no 1º turno. Bastidor do jornal O Globo, aponta que ao sair do debate da Band, o presidente só cumprimentou um candidato: Ciro Gomes.

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