Consignado do Auxílio: valor máximo do empréstimo desaba

O Governo Federal anunciou na última semana uma série de mudanças no sistema do consignado do Auxílio Brasil. Uma das regras alteradas foi a da margem consignável. Trata-se do limite de descontos mensais que uma instituição financeira pode fazer na mensalidade do programa social.

Até o ano passado, esta margem consignável era de até 40% do valor do Auxílio Brasil. Oficialmente, o patamar base do programa é de R$ 400, já que os R$ 200 adicionais são uma espécie de pagamento extra. Assim, o máximo que os bancos poderiam comprometer era 40% de R$ 400, ou seja, R$ 160 por mês.

Com a nova portaria, este sistema muda. A partir de agora, esta margem consignável passa a ser de 5%. Assim, so bancos poderão comprometer até 5% de R$ 400 por mês nas contas dos usuários que solicitarem o crédito. Na prática, os beneficiários podem perder até R$ 20 por mês.

O Governo Federal alega que esta medida poderá fazer com que os usuários tenham menos dívidas no final das contas. Como há uma redução no limite máximo, é natural que os cidadãos passem a encontrar mais facilidade para pagar o patamar que foi combinado com a instituição financeira.

Mudanças no consignado

Além da questão da margem consignável, o Governo Federal também aplicou uma série de outras mudanças no sistema do consignado do Auxílio Brasil. Uma delas, por exemplo, foi a alteração no tempo que o cidadão tem para bancar a dívida contraída.

Com Bolsonaro, o cidadão tinha um prazo de dois anos para pagar o crédito por completo. Assim, os descontos nas parcelas poderiam durar até 24 meses. A nova portaria estabelece que este prazo máximo passa a ser de, no máximo, 6 meses.

O Governo também estabeleceu uma mudança no sistema da taxa de juros máxima. A partir de agora, o cidadão que solicitar o consignado do Auxílio Brasil poderá ter que pagar juros de até 2,5% ao mês. Antes, esta taxa de juros era de 3,5% ao mês.

Quem é impactado?

Vale sempre lembrar que estas mudanças no consignado são válidas apenas para as pessoas que ainda não solicitaram o crédito e que desejam solicitar o dinheiro a partir de agora. Quem já pediu e recebeu o dinheiro antes da publicação da portaria, segue com as regras antigas.

Inicialmente, se cogitou a possibilidade de anistiar as pessoas que se endividaram por causa do consignado do Auxílio Brasil. Contudo, esta ideia vem sendo descartada por membros do Governo Federal e da Caixa Econômica Federal.