Juros do consignado do INSS seguem sem acordo entre bancos e governo

Decisão só deve ser tomada na próxima terça-feira, dia 28

Ainda não se chegou a um consenso sobre a taxa de juros do empréstimo consignado para os aposentados do INSS. Em reunião com o governo, bancos ofereceram reduzir o teto dos juros de consignado para aposentados do INSS para uma faixa entre 1,99 e 2,01%. O governo insiste em um valor abaixo de 2%.

Na última sexta-feira houve uma reunião de integrantes de bancos públicos e privados com a equipe do Ministério da Fazenda e da Previdência, em São Paulo. Na segunda, uma proposta final terá encaminhamento à Casa Civil. 

Dessa forma, na terça-feira, o Conselho Nacional de Previdência voltará a se reunir para aprovar uma taxa máxima diferente dos atuais 1,70%, que levou ao cancelamento da concessão de crédito consignado a aposentados. 

Entenda a situação

Na semana passada, oito bancos privados e dois públicos anunciaram a suspensão do serviço de empréstimo consignado do INSS. Foram eles: Mercantil do Brasil, Pan, Pag Bank, Bem Promotora, Daycoval e Itaú, C6, Bradesco, Banco do Brasil e a Caixa Econômica. 

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O motivo é que o governo federal havia reduzido as taxas de juros da modalidade de crédito de 2,14% para 1,7% e o do cartão de crédito consignado (de 3,06% para 2,62% ao mês). A redução dos juros foi aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS).

Este Conselho conta com membros representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) diz que, atualmente, cerca de 14,5 milhões de pessoas têm as duas linhas de consignado do INSS (empréstimo e cartão), com um ticket médio de R$ 1.576 e R$ 215 bilhões em empréstimos. Diz também que os “negativados” serão os prejudicados. 

Enquanto não se chega a um acordo, o empréstimo consignado do INSS segue suspenso.

O que é empréstimo consignado?

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito que oferece taxas mais baixas e condições de pagamentos mais interessantes que outras formas de obter crédito.

Assim, esse tipo de crédito pode ter concessão tanto por bancos tradicionais ou fintechs e oferece risco quase zero de inadimplência por possuir garantia de pagamento.

Isso porque o desconto das parcelas é feito diretamente da folha de pagamento ou contracheque do trabalhador, antes mesmo do salário cair em conta.

Quem pode utilizar são aposentados e pensionistas do INSS, beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), servidores públicos, militares e trabalhadores de carteira assinada.

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