Luiz Felipe D’Avila promete erradicar extrema-pobreza em quatro anos

Candidato do Novo diz que poderá erradicar a extrema-pobreza em um intervalo de apenas quatro anos e fala em auxílios sociais

O candidato do partido Novo nas eleições presidenciais deste ano, Luiz Felipe D’Avila, prometeu erradicar a extrema-pobreza em apenas quatro anos de mandato. No seu plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele garantiu que poderá cumprir a promessa, mas não explicou como.

No documento, o candidato diz apenas que não deve proibir acesso aos programas sociais. Este é um assunto polêmico dentro do Partido Novo, já que todos os parlamentares da bancada no Congresso votaram contra a PEC dos Benefícios, que aumentou os valores de projetos sociais como o Auxílio Brasil e o vale-gás nacional.

No programa, Dávila diz que vai “assegurar que as famílias atendidas desenvolvam capacidades para garantir sua sobrevivência”. No texto, ele diz ainda que o empreendedorismo precisa ser visto como uma estratégia. Na visão do candidato, ao dar este tipo de trabalho, as pessoas podem encontrar uma porta de saída dos programas.

Para criar emprego e gerar renda, D’ávila diz que vai “abrir a economia brasileira ao mundo para reduzir o atraso tecnológico da indústria nacional e torná-la mais eficiente e produtiva”, além de “atrair investimentos externos a partir da simplificação do código tributário e torná-lo equiparado aos padrões internacionais”.

O candidato do Novo disse que também pretende alterar as atuais leis trabalhistas para “adaptá-las ao mundo moderno”. De toda forma, o candidato não especificou quais seriam as alterações que poderiam ser feitas no texto que está em vigor.

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O documento afirma que as novas regras poderiam ir além das que estão disponíveis na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).

D’Avila e o Auxílio Brasil

No programa de governo do candidato do Novo não há nenhuma citação específica ao Auxílio Brasil. Em entrevista recente para o jornal Correio Braziliense, o representante do partido Novo disse que a sua ideia é manter o valor na casa dos R$400.

“A grande diferença da minha campanha para as demais é que todos prometem mais gasto público e ninguém diz onde vai cortar. Isso chama-se demagogia, populismo. Porque se aumentar R$ 600, quem você vai tirar do orçamento?”, perguntou.

Hoje, o Auxílio Brasil faz pagamentos de R$ 600 mínimos por família. De acordo com a PEC dos Benefícios, este patamar só será válido até o final deste ano. Assim, o programa poderia voltar ao patamar de R$ 400 já a partir de janeiro.

Ao contrário de D’Avila, a maioria dos candidatos que disputam a presidência afirmam que devem manter ou até mesmo elevar o valor do benefício. São os casos de Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil).

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