Wellington Dias diz ter apoio de Lula sobre vaga em Ministério
Ministro responsável pelos pagamentos de programas como Bolsa Família e Auxílio-gás nacional sinaliza que Ministério não será divididoO Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome vai ser dividido? Ainda não há uma resposta concreta para esta pergunta. Em entrevista à Folha de São Paulo nesta semana, o ministro Wellington Dias (PT), sinalizou que não.
“Eu me sinto apoiado pelo presidente para cumprir as metas que ele estabeleceu com o povo”, afirmou Dias ao jornal. O chefe da pasta vem defendendo que uma divisão do ministério poderia gerar uma série de problemas para a área de combate à fome.
“Quando se separou o Auxílio Brasil [antecessor do novo Bolsa Família] desses programas sociais, o que aconteceu? Não foi só a pandemia, cresceu a fome, cresceu a pobreza e a extrema pobreza, cresceu a população de rua, enfim, uma situação social grave”, afirmou Dias.
“O presidente sabe mais do que ninguém que Bolsa Família é mais que transferência de renda. Mas ele tem que estar integrado. Aqui são 33 programas, porque não é só transferir dinheiro”, completou o ministro.
A força do Ministério
Não estamos falando de qualquer ministério. A pasta do Desenvolvimento Social tem nada menos do que o maior orçamento da esplanada em 2023, e a tendência natural é que os valores se repitam no decorrer dos próximos anos.
Para além do orçamento, o Ministério do Desenvolvimento Social já é conhecido por tem uma ampla penetração nos municípios. Afinal de contas, é esta a pasta que comanda os pagamentos de programas sociais que chegam ao eleitor mais pobre, como o Bolsa Família e o Auxílio-gás nacional.
Essas características fazem deste o ministério mais cobiçado pelo centrão. Vale lembrar que durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a pasta foi entregue ao grupo, por meio do deputado João Roma, que comandou o Ministério da Cidadania.
Reunião em Brasília
Mesmo depois de afirmar que o ministério não vai ser desmembrado, o fato é que Wellington Dias foi convocado para uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (30). O assunto do encontro está sendo mantido em sigilo pelo governo.
Mas é fato que os rumores não param de crescer. Na entrevista à Folha, Dias reconheceu que é preciso dialogar com a oposição.
“O fato é real. A gente elegeu Lula presidente, Geraldo Alckmin vice, mas com minoria na Câmara e no Senado. É normal, na política, o diálogo para a composição de governo, e não é simples”, disse Wellington Dias na entrevista para o jornal.