FGTS: veja a modalidade de saque que pode acabar no governo Lula

Novo Ministro do Trabalho disse que pode acabar com modalidade de saque do FGTS. Confira a repercussão sobre o assunto nas redes sociais

O Governo Federal está avaliando a possibilidade de acabar com a modalidade do saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Ao menos foi o que disse o novo Ministro do Trabalho, Luiz Marinho em uma série de entrevistas recentes.

“Nós vamos rever. O FGTS tem dois objetivos, historicamente. Um deles é estimular um fundo para investimento, que é de habitação. E nós criamos – eu criei, quando ministro do Trabalho – o FI-FGTS, para financiar produção, projetos para gerar empregos e crescimento, para aumentar ainda mais o Fundo e beneficiar os cotistas”, diz Marinho.

“Quando se estimula sacar em todos os aniversários, quando o cidadão precisar dele (do FGTS), não tem. Como tem acontecido reclamação de trabalhadores demitidos que vão lá e não têm nada”, seguiu o novo chefe da pasta do Trabalho em entrevista ao jornal O Globo.

O saque-aniversário do FGTS é uma opção que foi dada ao trabalhador ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O cidadão pode optar por esta modalidade e sacar o dinheiro no mês do seu aniversário ou nos dois meses seguintes. Caso ele seja demitido sem justa causa, não poderá usar o saldo.

Opiniões sobre o possível fim do saque-aniversário do FGTS

Destaques sobre *** por e-mail

Marinho disse na entrevista que a ideia de acabar com este tipo de saque ainda está no campo das possibilidades. De todo modo, o assunto já virou polêmica nas redes sociais, com opiniões contrárias e favoráveis por todos os lados.

“ Marinho não deveria acabar com o saque-aniversário, mas melhorá-lo. A modalidade tem qualidades e defeitos, e a maior qualidade é o acesso do trabalhador, o dono do dinheiro, ao seu FGTS”, disse Miriam Leitão, comentarista da TV Globo.

“O saque-aniversário do FGTS foi um alívio momentâneo diante do aperto na renda na pandemia, mas desvirtuou o objetivo do benefício, que é garantir uma poupança aos trabalhadores para o caso de demissão sem justa causa ou para facilitar a compra de imóveis”, ponderou a economista Carolina Matos.

“Segundo o ministro, estimular o saque-aniversário é “criminoso”. Crime é reter compulsoriamente 8% do salário do trabalhador para financiar empreiteiras a juros subsidiados”, disse Eduardo Ribeiro, presidente do Partido Novo.

“O saque-aniversário foi um grande golpe contra a população. O trabalhador que aderir a essa modalidade, em caso de demissão poderá sacar apenas a multa rescisória, o valor dos depósitos ao longo de todo o período fica retido por 2 anos”, disse André Nunes, cientista contábil e bancário.

Leia também
×
App O Trabalhador
App do Trabalhador
⭐⭐⭐⭐⭐ Android e iOS - Grátis