FGTS não acompanha a inflação. O que isso quer dizer?

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O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um direito garantido a todos os trabalhadores que atuam com a carteira de trabalho assinada durante o ano base. Em suma, todas as empresas devem contar com o valor pago em dia para que não haja a aplicação de multas pelo Ministério do Trabalho. O contratado tem até 5 anos para solicitar o valor que está faltando. 

Durante muito tempo, os  brasileiros contestaram o fato do dinheiro do FGTS ficar trancado na Caixa e não render quase nada. Ou seja, na maior parte dos anos anteriores estava abaixo da inflação e havia desvalorização. Estima-se que se o Governo Federal fosse reajustar esse valor como deveria, o valor gasto seria bilionário para os cofres públicos. 

Durante os anos de 2020 e 2019, os ganhos foram realmente acima do índice de desvalorização do dinheiro. No entanto, o desempenho começou a diminuir durante a pandemia e o ano de 2021, em que houve apenas a adição de 3% de juros anuais, enquanto a inflação terminou o ano em 10,06%. 

O economista e professor de economia do Insper Otto Nogami argumentou que a inflação do ano de 2019 teria terminado a cerca de 4,5% enquanto o rendimento do mesmo ano estava em 4,92%. Ou seja, acabou sendo maior e os cidadãos brasileiros que devem pagar o FGTS todos os meses não saíram perdendo em relação ao saldo. No entanto, vale salientar que quando os juros rendem praticamente o mesmo que o IPCA, há apenas um reajuste em vez de rendimento e retorno real sobre o valor. 

Além de render abaixo do esperado, para o ano de 2022 o Ministério da Economia vem estudando a possibilidade de  remover a multa de 40% sobre o saldo quando o colaborador vem a ser demitido. 

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