Projeto quer usar FGTS para compra de carro novo ou usado
O saque do FGTS só pode ser feito em situações pontuais. EntendaO Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é destinado ao trabalhador com carteira assinada. Sendo obrigação do empregador em todo início de mês depositar na conta do trabalhador vinculada ao contrato de trabalho o valor correspondente a 8% do salário do funcionário.
Seu saque só é permitido em situações pontuais (veja abaixo) e agora surge a possibilidade de ser usado também na compra de um carro novo ou usado. Ao menos é essa a proposta do Projeto de Lei 2679/22, do deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA), que está tramitando no Congresso Nacional.
Ele defende que a nova modalidade de saque estimulará o mercado de automóveis novos e usados. Segundo o deputado, a medida possibilitará ao trabalhador fazer uso de seu patrimônio.
A proposta altera a Lei do FGTS. Todavia, a proposta não tem previsão para novos trâmites do projeto nem para votação no Congresso. O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de CCJ (Constituição e Justiça e de Cidadania).
Todavia, o PL deve ganhar resistência dentro do governo federal. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defende, inclusive, acabar com o saque-aniversário do FGTS, criado pelo governo de Bolsonaro.
Na avaliação do ministro, o FGTS deve servir apenas como reserva financeira aos trabalhadores e financiamento habitacional.
Situações que permitem o saque do Fundo de Garantia
- Dispensa sem justa causa;
- Rescisão por acordo entre empregador e empregado;
- Compra da casa própria;
- Complementar pagamento de imóvel comprado por meio de consórcio;
- Complementar pagamento de imóvel financiado pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação);
- Rescisão por término de contrato por prazo determinado;
- Por fechamento da empresa;
- Rescisão por culpa recíproca (empregador e empregado) ou por força maior;
- Rescisão por aposentadoria;
- Em caso de desastres naturais;
- Se um trabalhador avulso, empregado através de uma entidade de classe, fica suspenso por período igual ou superior a 90 dias;
- Trabalhadores com 70 anos ou mais;
- Trabalhadores ou dependentes portadores de HIV;
- Trabalhadores ou dependentes diagnosticados com câncer;
- Trabalhadores ou dependentes que estejam em estágio terminal por causa de uma doença grave;
- Empregados que ficam três anos seguidos ou mais sem trabalhar com carteira assinada;
- Em caso de morte do trabalhador, os dependentes e herdeiros judicialmente reconhecidos podem efetuar o saque.