segunda-feira,
29 de dezembro de 2025

13º salário de 2026 será maior para quem ganha até R$ 7.350

13º salário de 2026 terá menos desconto de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 7.350. Veja quem será beneficiado

A reforma do Imposto de Renda aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe mudanças relevantes para os trabalhadores brasileiros. 

A nova lei começa a valer em janeiro de 2026 e amplia a faixa de isenção do imposto para rendimentos mensais de até R$ 5.000, o que afeta diretamente o valor líquido do 13º salário recebido por milhões de pessoas.

A proposta foi elaborada com o objetivo de aliviar o orçamento das famílias, em um contexto marcado pelo aumento do custo de vida, inflação em serviços essenciais e maior pressão sobre a renda mensal.

Com a atualização das regras, muitos trabalhadores deixarão de ter descontos no 13º salário, recurso tradicionalmente usado para pagar dívidas, impostos e organizar as despesas do início do ano.

O que muda nas regras do Imposto de Renda a partir de 2026

A principal mudança está na ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Hoje, mesmo trabalhadores com salários relativamente baixos ainda sofrem tributação sobre parte do 13º salário. A partir de 2026, quem recebe até R$ 5.000 por mês ficará totalmente isento do imposto, inclusive sobre o décimo terceiro.

Já os trabalhadores com rendimentos mensais entre R$ 5.000 e R$ 7.350 terão direito a uma isenção parcial. Nesses casos, o imposto incidirá apenas sobre o valor que ultrapassar o limite definido, reduzindo significativamente o desconto feito na fonte.

Essa atualização atende a uma reivindicação antiga de sindicatos, economistas e especialistas em políticas públicas, que defendem uma tabela do Imposto de Renda mais alinhada à realidade econômica do país.

Como a mudança impacta o 13º salário

O 13º salário é considerado uma renda extra essencial para milhões de brasileiros no fim do ano. Normalmente, esse valor é usado para quitar despesas acumuladas, como IPTU, IPVA, material escolar, matrículas e dívidas em geral.

Com as novas regras, quem ganha até R$ 5.000 mensais não terá qualquer desconto de Imposto de Renda no 13º salário. 

Para quem recebe entre R$ 5.000 e R$ 7.350, o desconto será menor e proporcional apenas ao valor que exceder o teto de isenção.

Na prática, isso significa mais dinheiro no bolso do trabalhador, maior previsibilidade financeira e mais facilidade para planejar as contas do início do ano.

Quem será beneficiado pela reforma do Imposto de Renda

De acordo com estimativas do governo, cerca de 15 milhões de contribuintes devem ser beneficiados diretamente pelas mudanças. Entre eles estão trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos, aposentados e pensionistas que se enquadram nos novos limites de isenção.

A expectativa é que a redução da carga tributária estimule o consumo interno, movimentando setores como comércio, serviços e turismo. Especialistas apontam que o impacto positivo pode ser mais perceptível nos primeiros meses de 2026.

Quem fica fora das novas regras

Apesar dos avanços, nem todos os contribuintes serão beneficiados. Trabalhadores com rendimentos mensais acima de R$ 7.350 continuarão sujeitos às alíquotas progressivas do Imposto de Renda, sem mudanças relevantes na tributação.

Além disso, quem possui outras fontes de renda, como aluguéis, investimentos financeiros ou prestação de serviços como pessoa jurídica, precisa considerar a soma desses valores. Mesmo que o salário esteja dentro da faixa de isenção, o total dos rendimentos pode gerar cobrança de imposto.

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Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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