Promessa de Lula para o Imposto de Renda poderá ser adiada. Entenda

De acordo com informações de bastidores, proposta de Lula para o Imposto de Renda pode demorar mais um tempo para sair do papel
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Uma das principais propostas de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode demorar para sair do papel. Estamos falando do aumento da isenção do Imposto de Renda. Nas eleições, o então candidato disse que poderia bancar a isenção para todos os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil.

Já eleito, Lula se depara com uma realidade mais dura. Segundo informações de bastidores colhidas pelo jornal Folha de São Paulo, uma ala do PT defende que uma mudança na tabela do Imposto de Renda só seja estudada a partir do próximo ano. A avaliação é que em 2022, não há mais tempo hábil para a proposta.

Na última semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) sinalizou pela primeira vez que poderá ajudar Lula a aprovar uma mudança na tabela do Imposto de Renda. Mas até aqui, a avaliação do PT é de que esta manobra poderia ser arriscada e o problema poderia cair no colo do próprio governo.

“Manobra arriscada”

Segundo fontes do Partido dos Trabalhadores, a ideia de aprovar uma reforma na tabela do Imposto de Renda já este ano, parece tentadora em muitos aspectos, mas poderia provocar uma espécie de incoerência dentro do Congresso Nacional.

Acontece que dentro de mais algumas horas, o partido vai enviar ao Parlamento a sua proposta de PEC de Transição, que basicamente vai dizer que o governo não tem espaço suficiente no orçamento para bancar as necessidades básicas da população em 2023.

Ao propor uma redução da tabela do Imposto de Renda, o governo estaria dizendo ao Congresso que pode abrir mão desta arrecadação, já que as contas públicas estariam funcionando bem. No final das contas, a avaliação é de que a incoerência poderia prejudicar a tramitação dos dois projetos.

Foco além do Imposto de Renda

O fato é que o governo de transição está com o foco total no Auxílio Brasil e na liberação de um aumento real para o salário mínimo. São outras promessas feitas por Lula durante a campanha e que precisam de aprovação do Congresso Nacional antes mesmo que o petista suba a rampa do Palácio do Planalto.

Segundo informações de bastidores, o presidente eleito deverá se encontrar com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A visita institucional deverá servir para aparar as arestas sobre este tema.

A PEC da Transição deverá ser enviada ao Congresso na terça-feira (8), e precisa ser aprovada por três quintos da Câmara dos Deputados e mais três quintos do Senado Federal.

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