Reforma do Imposto de Renda é mais complexa, diz Fernando Haddad

Ministro da Fazenda disse que aprovar a Reforma do Imposto de Renda é tarefa mais complexa do que aprovar a Reforma Tributária

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) voltou a falar sobre a possibilidade de aprovação da Reforma do Imposto de Renda no Congresso Nacional. De acordo com o petista, a tendência é que a discussão em torno deste texto seja complexo.

“Não estou me adiantando em relação à reforma do IR porque ela é muito complexa. Ela é mais complexa do que a do consumo? Como ela foi menos discutida, ela se torna mais complexa. A reforma do consumo se tornou mais palatável porque foram anos de discussão”, disse ele.

Na mesma conversa com jornalistas, o Ministro da Fazenda também frisou que o objetivo do Governo Federal não é fazer nenhum tipo de reforma fiscal com a aprovação nem da Reforma Tributária e nem da Reforma da Previdência.

“As reformas do consumo e da renda não visam o ajuste fiscal. Elas têm que ser neutras entre si, inclusive. Se a gente conseguir melhorar a arrecadação do ponto de vista da tributação da renda, isso tem que ajudar a diminuir a alíquota sobre o consumo”, disse.

Reforma Tributária x Reforma do Imposto de Renda

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Embora os nomes se pareçam, o fato é que a Reforma Tributária e a Reforma do Imposto de Renda tratam de temas diferentes. A primeira, que já foi aprovada na Câmara dos Deputados, prevê uma mudança no sistema de cobrança de impostos sobre o consumo e os serviços do Brasil.

Já uma Reforma do Imposto de Renda, que ainda não foi sequer apresentada ao Congresso, deverá prever uma mudança no sistema de cobrança de impostos sobre a renda dos cidadãos. Por ser um tema mais complexo, é provável que o Governo encontre mais resistência na Câmara e no Senado.

Haddad x Congresso

De todo modo, Fernando Haddad vem sinalizando que está confiante na ideia de que poderá contar com o Congresso Nacional na aprovação de mais este texto.

“Aquilo que parecia impensável 6 meses atrás hoje se tornou não apenas uma realidade. O Congresso dizia: ‘O governo tem que entregar o Marco Fiscal até agosto’. Imaginavam que antes de agosto seria impossível entregar o Marco Fiscal. Nós mandamos em abril, e ele vai ser aprovado em agosto”, disse o Ministro.

“Eu sou um otimista. Não é possível fazer política sem ser otimista, não é? Eu acreditei desde o começo do governo que nós poderíamos criar um ambiente de maior concórdia junto aos outros poderes, Judiciário e Legislativo”, completou Fernando Haddad.

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