Shein entra no Remessa Conforme. Entenda impacto para consumidor

Entrada da Shein no programa Remessa Conforme foi oficializada pelo governo federal em publicação no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (14)
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O governo federal confirmou nesta quinta-feira (14), que a empresa chinesa Shein está oficialmente dentro do sistema do Remessa Conforme. Trata-se do projeto criado pelo Ministério da Fazenda que prevê uma mudança no sistema de taxação de compras de produtos importados.

Impostos

Ao entrar no Remessa Conforme, a Shein contrata alguns pontos de mudança. A maior delas é que os produtos que custam menos do que US$ 50 não serão mais taxados com o imposto de importação, que tinha alíquota de 60%. A informação foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).

O produto, no entanto, não será completamente isento. Ao confirmar a entrada no sistema do Remessa Conforme, a Shein garante por agora que não vai precisar pagar mais o imposto de importação, mas seguirá tendo que pagar o ICMS de 17%, uma indicação de caráter estadual.

Agilidade na entrega

O outro ponto importante de mudança é que ao entrar no Remessa Conforme, a Shein se compromete a indicar a definição de impostos sobre o produto já no momento da compra. Na prática, isso significa que o item já vai chegar ao Brasil com um selo de verificação.

De acordo com o Ministério da Fazenda, este sistema poderá fazer com que as encomendas cheguem mais rapidamente ao destino final, já que não haverá mais a necessidade de represar o produto para verificação aduaneira, que hoje só ocorre em três cidades sendo elas São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

Remessa Conforme

O Remessa Conforme foi a maneira escolhida pelo governo federal para tentar resolver os problemas da falta de taxação de alguns produtos estrangeiros que estavam sendo enviados ao Brasil.

Antes da Shein, a Aliexpress e a Sinerlog, que pertence ao grupo da Amazon, já tinham sido cerificadas para entrada no programa. Agora, o Brasil conta com três companhias estrangeiras impactadas pelas mudanças no sistema de taxação.

De acordo com a Receita Federal, juntas estas empresas representam quase 70% do volume de entregas que são feitas para o Brasil, considerando os dados pesquisados nos últimos anos.

Mudanças em breve

Mesmo que neste primeiro momento o governo esteja garantindo a isenção total para produtos que custam menos do que US$ 50, há uma discussão sobre um aumento de alíquota para estes itens.

“A gente está considerando uma alíquota mínima, conforme as empresas têm proposto ao governo federal, em torno de 20%. Mas essa definição não foi feita pelo governo”, disse o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, em entrevista recente.

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