sexta-feira,
21 de novembro de 2025

Fila do INSS pode chegar a um ano; entenda

Para quem precisa de um benefício do INSS a espera pode ser longa e a fila do INSS pode não ajudar. Veja os prazos de cada benefício.

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Para quem precisa de um benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a espera pode ser longa e a fila do INSS pode não ajudar. Um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) tenta amenizar a situação, mas não é bem isso que vem acontecendo. 

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Pelo acordo os benefícios deveriam ser analisados num prazo que varia de 30 a 90 dias, mas isso serviria apenas para aqueles que não é necessário a perícia, o que parece estar adiando ainda mais aqueles que necessitam e contribuído para fila do INSS.

Para se ter uma ideia, de acordo com dados do “O Globo”, para quem solicita o  Benefício de Prestação Continuada (BPC) pode ter que aguardar, em média, 11 meses e três dias. A situação é problemática já que o BPC atende grupos carentes e necessitados, como deficientes e idosos. 

O auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, que também precisam de perícia, podem ter uma longa espera. A fila do INSS de benefícios como auxílio-doença e outros relacionados a trabalho já aumentou de 254.023 em julho de 2019 para 964.560 em março de 2022. Ou seja, cresceu 280% neste período. 

“Os segmentos mais vulneráveis como pessoas com deficiência e trabalhadores que dependem do auxílio-doença, por exemplo, continuam sendo os mais prejudicados por causa da necessidade de avaliação médica e social presencial”, disse a defensora pública federal, Fernanda Hahn.

Os pescadores de baixa renda também têm encontrado dificuldade para conseguir o seguro-defeso: o número de pedidos a serem analisados saltou de 295 mil para 332 mil, entre julho de 2019 para março deste ano. O benefício é pago durante o período que a pesca é proibida por questões ambientais. 

Outra variável que tem dado trabalho é o combate às fraudes. Os processos deste tipo aumentaram de 590 mil de dezembro de 2021 para 607 mil em março de 2022. Já a média mensal de investigação seguiu o caminho contrário e apresentou queda, saindo de 37 mil para 13 mil.

Perícia é gargalo no INSS

Um dos problemas para  realização de perícia seria a falta de pessoal, o que esbarra na necessidade de contração. Há diversas opções que poderiam ser aplicadas, mas a contratação de terceirizados poderia ser a mais rápida. Neste cenário, o INSS ainda precisa lidar com cortes no orçamento – R$ 1 bilhão em emendas para o órgão foram vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Há promessas de medidas que poderiam amenizar a fila do INSS, como pagamento de bônus e hora extra para quem analisasse maior número de processos que o normal, mas até agora nada disso saiu do papel.

Enquanto medidas não forem tomadas, a espera longa pode continuar a ser uma realidade.

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Lucy Tamborino
Lucy Tamborino
Sou redatora estratégica com quase 10 anos de experiência, focada em traduzir informações complexas em narrativas impactantes que geram resultados reais. Desenvolvo conteúdos especializados, além de materiais como e-books para geração e conversão de leads. Também participei de coberturas jornalísticas em eventos médicos, acompanhando aulas e realizando entrevistas com palestrantes e visitantes.

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