INSS suspende consignado para usuários do BPC
INSS publicou portaria suspendendo novos contratos do consignado para usuários que fazem parte do Benefício de Prestação Continuada (BPC). EntendaO Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou portaria nesta semana decidindo que bancos e financeiras não podem mais oferecer o consignado para usuários que fazem parte do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A decisão está valendo desde já e segue uma regra imposta pelo novo Governo Federal.
Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome publicou uma portaria dando o pontapé inicial para o novo Bolsa Família. Este documento já prevê que o consignado não pode mais ser oferecido para pessoas que fazem parte do BPC.
Agora, o INSS publica uma nova portaria ratificando esta decisão. A definição é válida apenas para as pessoas que ainda não fizeram a solicitação, de modo que os usuários que já solicitaram o crédito precisam continuar seguindo as regras que foram impostas no contrato inicial.
O consignado para usuários do BPC foi liberado ainda em outubro do ano passado, durante o segundo turno das eleições presidenciais. De um modo geral, os indivíduos podiam solicitar o crédito em 12 instituições financeiras, incluindo a Caixa Econômica Federal, que estava oferecendo juros de 3,45% ao mês.
Com a decisão, o INSS impede novos pedidos na Caixa ou em qualquer uma das outras 11 instituições financeiras aptas a operar esta linha. Hoje, o BPC é voltado para pessoas maiores de 65 anos de idade e cidadãos que possuem algum tipo de deficiência física e/ou intelectual.
Consignado
Recentemente, o Governo Federal decidiu não acabar de vez com o consignado para usuários do Bolsa Família. Neste caso, mesmo que a decisão tenha sido pela manutenção da liberação, o poder executivo realizou uma série de mudanças.
A taxa máxima de juros, por exemplo, passou de 3,5% para 2,5% ao mês. A margem consignável caiu de 40% para apenas 5%, e o tempo para pagar a dívida está em seis meses. Antes, este prazo máximo era de dois anos.
Mesmo depois destas mudanças, a Caixa Econômica Federal decidiu não mais oferecer o crédito para este público. Em entrevista, a nova presidente da instituição, Rita Serrano, disse que não concorda com oferecimento de um empréstimo para pessoas humildes.
Atualmente, o Bolsa Família atende pessoas em situação de vulnerabilidade social. Para fazer parte do programa, é necessário ter uma renda per capita de até R$ 218, segundo as regras mais recentes.
Antes da Caixa, outros bancos já tinham se negado a oferecer o crédito. Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil, por exemplo, sequer aceitaram participar do consignado do Auxílio Brasil.