INSS: pesquisa mostra quem mudanças no INSS prejudicaram a reabilitação de trabalhadores
Uma pesquisa, publicada na revista Trabalho, Educação e Saúde, mostrou que a desestruturação no INSS prejudicou trabalhadores. O artigo “As transformações recentes no programa de reabilitação profissional do INSS” é totalmente inédito, e mostrou que em 2018, devido a mudanças no órgão, os trabalhadores reabilitados tiveram mais dificuldade de voltar ao mercado de trabalho.
As mudanças no INSS prejudicaram a volta ao trabalho de segurados
O Instituto Nacional do Seguro Social passou por alterações, em 2018, na forma de avaliação dos segurados reabilitados. Ou seja, aquelas pessoas que haviam recebido o auxílio-doença, devido algum problema, mas que poderiam exercer novas profissões. Nesse caso, há uma avaliação por parte do INSS, que mostra quais são suas aptidões.
Até 2018, essa avaliação ocorria de forma conjunta, entre psicólogos, assistente-social, médicos peritos, e o próprio trabalhador. Assim, levava-se em consideração fatores como o poder econômico, localização, aptidões físicas e psicológicas do segurado reabilitado.
Assim, o diagnóstico do INSS para novas profissões era muito mais precisa, pois levava em consideração fatores importantes. No entanto, Essa reabilitação de desestruturou, e o principal motivo, apontado pela pesquisa, foi justamente a alteração na forma com a análise desse segurado passou a ocorrer a partir do ano de 2018.
Isso dado que, nesse ano, apenas os médicos peritos começaram a ter essa responsabilidade. Desse modo, a avaliação, que era algo geral, e abrangia questões econômicas e psicológicas, começaram a levar em consideração apenas a aptidão física do segurado.
Assim, o diagnóstico do INSS aponta apenas novas profissões de acordo com essa questão física, desconsiderando os outros fatores. Desse modo, os segurados “reabilitados”, passaram a ter bastante dificuldades de se inserir no mercado de trabalho novamente. Afinal, sua avaliação não condiz realmente com todos os aspectos que envolvem sua vida, rotina, poder econômico e psicológico.