Auxílio: rejeição de Bolsonaro não cai mesmo após aprovação de PEC

Mesmo após aprovação da PEC dos Benefícios, rejeição de Bolsonaro segue estagnada em um patamar alto, revela nova pesquisa

A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) não registrou queda mesmo depois da aprovação da chamada PEC dos Benefícios. É o que mostra uma nova pesquisa do Instituto BTG Pactual divulgada nesta segunda-feira (25). Os dados revelam que a reprovação ao presidente segue estagnada em um patamar alto.

Conforme os números oficiais, Bolsonaro tem 47% de reprovação nesta nova pesquisa. É o mesmo número registrado na pesquisa anterior, realizada há duas semanas. O nível de aprovação está em 31% e representa 1% a menos do que se registrou no levantamento anterior. O percentual dos que consideram o governo regular se manteve em 20%.

De acordo com a pesquisa, a rejeição de Bolsonaro é maior na região Nordeste, onde ele registra 64% de avaliação negativa. Além disso, há uma grande porcentagem também quando se considera apenas os eleitores que ganham menos de um salário mínimo (51%). São dois grupos sociais que o governo quer atingir com a PEC dos Benefícios.

Informações de bastidores dão conta de que membros do Palácio do Planalto já estavam esperando uma melhora na situação da avaliação do presidente nesta nova pesquisa. De toda forma, a aposta maior da pré-campanha é de que o cenário comece a melhorar apenas depois dos primeiros repasses turbinados dos novos programas sociais.

Esta também é uma avaliação interna de partidos de oposição. Membros do PT afirmam nos bastidores que há a expectativa de que Bolsonaro consiga subir alguns pontos nas pesquisas eleitorais nas próximas semanas, ou seja, logo depois do início dos pagamentos dos novos programas sociais. Eles acompanham a situação de perto.

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A PEC dos Benefícios

Há duas semanas, o Congresso Nacional aprovou a chamada PEC dos Benefícios. A aprovação foi vista como uma grande vitória do Governo Federal, já que o texto passou com certa facilidade tanto na Câmara dos Deputados, como no Senado Federal.

Entre outros pontos, o texto da PEC prevê o aumento no número de usuários do programa Auxílio Brasil, além da elevação nos valores dos pagamentos de R$ 400 para R$ 600. O vale-gás subirá de R$ 53 para R$ 120.

A PEC dos Benefícios também prevê a criação de novos programas sociais como o Pix Caminhoneiro, que vai pagar R$ 1 mil por mês, e o auxílio-taxista, que ainda não tem valor definido. Todas as mudanças começam a ser aplicadas no mês de agosto.

A pesquisa da BTG Pactual ouviu 2 mil eleitores por telefone entre os dias 22 e 24 de julho, ou seja, já depois da aprovação da PEC. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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