De acordo com a campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição, o Auxílio Brasil do Governo Federal não chegará ao fim em dezembro deste ano. Desde a última sexta-feira (26), o PL vem publicando inserções partidárias no rádio e na TV para promover o benefício social e ligar os pagamentos ao chefe de estado.
Dentro da campanha do presidente, há a avaliação de que boa parte dos usuários do Auxílio Brasil ainda não ligaram o programa ao Bolsonaro. Nas últimas semanas, veículos de imprensa já vinham adiantando que a equipe de marketing já vinha preparando as peças publicitárias para veicular assim que a Justiça Eleitoral permitisse.
Há ainda uma avaliação de que o programa estaria muito ligado ao ex-presidente Lula (PT), isto é, muitos eleitores ainda acreditam que só estão recebendo os valores por causa do candidato do PT. Nesse sentido, o Governo também entrega novos cartões com a marca do Auxílio Brasil para evitar a confusão.
No seu primeiro programa na TV, Bolsonaro garantiu que manterá os pagamentos do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 caso seja reeleito este ano. Até aqui, a PEC dos Benefícios indica apenas que os repasses seguirão até o final deste ano. Por esta lógica, as liberações voltariam para um patamar mínimo de R$ 400 em janeiro.
Na campanha, Bolsonaro vem dizendo que vai conseguir manter o valor sem desrespeitar as regras de limites de gastos. De qualquer forma, o chefe de estado não explica como conseguirá cumprir tal promessa. Na avaliação da maioria dos economistas, a manutenção do Auxílio de R$ 600 em 2023 depende da indicação de uma nova fonte de custeio.
Lula cita Auxílio
Na última quinta-feira (25), o ex-presidente Lula esteve na bancada do Jornal Nacional, da TV Globo, para uma entrevista. Entre outros pontos, o candidato do PT voltou a dizer que o aumento do valor do Auxílio seria uma medida eleitoreira.
O petista citou que a proposta de orçamento para o Auxílio Brasil que será enviada ao Congresso Nacional pelo próprio Governo Federal vai apontar para um valor de R$ 400. Membros do Ministério da Economia já confirmaram a informação.
Pesquisas indicam sentimento
Boa parte das últimas pesquisas eleitorais indicam que a maioria dos usuários do Auxílio Brasil ainda preferem votar no ex-presidente Lula (PT). Em alguns destes levantamentos, Bolsonaro até conseguiu diminuir a diferença, mas segue atrás do petista.
De toda forma, informações de bastidores dão conta de que aliados do presidente acreditam que o impacto do aumento do Auxílio nas pesquisas ainda deverá ser sentido nas próximas semanas. Novos levantamentos Ipec e Datafolha estão agendados para os próximos dias.
