Bolsonaro x Lula: o que eles propõem para o Auxílio Brasil

Lula e Bolsonaro estão no segundo turno das eleições presidenciais. Veja o que cada um deles pensa sobre o Auxílio Brasil e para a renda dos mais pobres
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já cravou oficialmente que o Brasil viverá pelas próximas quatro semanas um segundo turno das eleições presidenciais entre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT). Ambos possuem propostas levemente distintas para o futuro do Auxílio Brasil.

Antes de mais nada, é importante lembrar que os dois candidatos que estão no segundo turno prometem manter o Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 em 2023, caso sejam eleitos. Neste ponto, as promessas são iguais em todos os sentidos, inclusive na falta de uma explicação de como esta manutenção será feita.

Hoje, a indicação geral da PEC dos Benefícios é de que o Auxílio Brasil do Governo Federal é um programa permanente, ou seja, ele não vai chegar ao fim em dezembro. Porém, o valor de R$ 600 só está garantido até o final deste ano. A partir de janeiro de 2023, o saldo volta a cair para a casa dos R$ 405.

Adicionais

No caso específico de Bolsonaro, a proposta central é pagar um adicional de R$ 200 por família que tenham integrantes que conseguiram um emprego formal. O presidente diz que o objetivo é fazer com que as pessoas busquem uma forma de sair do projeto.

Já o ex-presidente Lula, fala em pagar um adicional de R$ 150 por crianças menores de seis anos de idade. O saldo seria acumulativo, ou seja, uma família com três crianças nesta faixa etária poderia receber até R$ 450, por exemplo.

Auxílio Brasil nas eleições

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que o ex-presidente Lula conseguiu se sair melhor nas cidades em que há uma maior proporção de pagamentos do programa Auxílio Brasil do Governo Federal.

Quando se considera apenas as cidades com mais de 3/4 das famílias recebendo o benefício, Lula teve 71% dos votos. Ao mesmo passo, Bolsonaro somou apenas 24% neste mesmo grupo de municípios.

A situação não muda muito a depender da região. Em Pernambuco, por exemplo, Lula registrou 72% dos votos nas cidades com mais de 3/4 de famílias recebendo o Auxílio Brasil. No Rio Grande do Sul, a margem é menor, mas também foi grande. Por lá, a diferença entre Lula e Bolsonaro foi de 62% a 32% , também considerando este grupo de municípios.

Lula e Bolsonaro se enfrentarão no segundo turno que está marcado para o próximo dia 30 de outubro. No primeiro turno Lula venceu a disputa e acumula mais de 6 milhões de vantagem para o seu adversário. De todo modo, analistas acreditam que o jogo está aberto.

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