Brasil tem mais cidadãos em extrema-pobreza do que recebendo Auxílio Brasil

Dados do próprio Ministério da Cidadania apontam que número de usuários do Auxílio Brasil é menor do que o de cidadãos em extrema-pobreza

O Brasil tem mais pessoas vivendo em situação de extrema-pobreza do que recebendo o Auxílio Brasil do Governo Federal. É o que mostram os dados do Ministério da Cidadania. Para ser classificado como extremamente pobre, um cidadão precisa ter uma renda per capita mensal familiar que varia entre R$ 0 e R$ 105.

Segundo os dados da pasta, o Brasil tinha em maio mais de 18,4 milhões de pessoas vivendo nesta condição. Ao mesmo passo, o Auxílio Brasil do Governo Federal atendeu cerca de 18,1 milhões de usuários. Estamos falando, portanto, de uma diferença de mais de 300 mil usuários. São cidadãos que precisam do dinheiro, mas que não recebem nada.

Os dados oficiais apontam que em janeiro o Governo Federal conseguiu inserir mais de 3,5 milhões de pessoas na folha de pagamentos do Auxílio Brasil de uma só vez. A nova entrada fez com que o número de usuários fosse maior do que o de cidadãos em extrema-pobreza. A situação, no entanto, só foi mantida até abril, quando os números se inverteram.

É importante lembrar que o Auxílio Brasil não atende apenas as pessoas que estão em situação de extrema-pobreza. Quem está em condição de pobreza também pode receber o benefício, desde que resida com uma gestante ou ao menor um menor de 21 anos de idade. Por esse prisma, é possível considerar que o déficit é ainda maior.

Os dados mais recentes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontam que quase 3 milhões de brasileiros que se encaixam nas regras de entrada para o Auxílio Brasil ainda não conseguiram receber nada do programa. Eles estão na chamada fila de espera, fenômeno que vem crescendo nos últimos meses.

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O Governo Federal tentará agir diante do problema neste segundo semestre. Membros do Ministério da Cidadania afirmam que poderão inserir mais de 2 milhões de brasileiros de uma só vez a partir do próximo mês de agosto.

Aos usuários que estão na fila de espera, basta aguardar. Segundo as informações do Ministério, não há necessidade de realizar nenhum tipo de inscrição. A pasta seleciona os nomes que farão parte do programa de maneira automática.

PEC pode mudar auxílio

Atualmente, o Auxílio Brasil faz pagamentos mínimos de R$ 400 para pouco mais de 18 milhões de pessoas. O próximo repasse, aliás, está marcado para acontecer já na próxima semana, a partir da segunda-feira (18).

Em agosto, o Auxílio será impactado pelas mudanças da PEC dos Benefícios. É justamente neste momento que o Governo poderá inserir os mais de 2 milhões de novos usuários, além de elevar os valores dos pagamentos.

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