Debate: Ciro e Lula falam fazem acenos aos inadimplentes

Debate na Band foi marcado entre outros pontos pelas propostas de Ciro Gomes e Lula sobre os inadimplentes

Na noite do último domingo (28), os principais candidatos à presidência do país se reuniram para um debate presidencial nos estúdios da TV Bandeirantes. Entre outros pontos, os presidenciáveis debateram a possibilidade de ajudar os inadimplentes. As sinalizações mais claras neste sentido foram feitas por Ciro Gomes (PDT) e Lula (PT).

A verdade é que o candidato que prometeu trabalhar primeiro neste sentido foi o pedetista. Há quatro anos atrás, Ciro Gomes já tinha usado o debate para dizer que poderia limpar o nome de mais de 61 milhões de brasileiros que estavam inadimplentes. De lá até aqui, muita coisa mudou e o número de pessoas com dívidas aumentou.

Em entrevista, o ex-presidente Lula falou sobre o tema. “Uma coisa importante: nós temos quase que 70% das famílias brasileiras endividadas, e a grande maioria delas é mulher: 22% endividadas porque não podem pagar a conta de água, a conta de luz, a conta do gás”, disse Lula ainda em entrevista ao Jornal Nacional (JN) na última semana.

Ciro Gomes respondeu dizendo que Lula está copiando sua ideia. “É uma cópia que eu gosto que se faça. Minhas ideias não são minhas, estou me recolhendo do povo. Estou recolhendo entre as experiências internacionais que eu estudo, entre as melhores literaturas disponíveis”, disse o pedetista em entrevista recente.

“Se vocês espremerem a entrevista do Lula ontem (dia da entrevista ao Jornal Nacional), a única proposta que saiu foi essa. Fico feliz que a proposta que eu trouxe foi levada ao deboche porque enfrenta o interesse de um novo escravismo que os bancos impuseram aos brasileiros”, disse o ex-ministro.

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Além de Ciro e Bolsonaro

Além de Ciro Gomes e Lula, outros candidatos também fizeram sinalizações ao público mais humilde. O presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, citou o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 neste segundo semestre.

Além disso, Bolsonaro também citou a questão do consignado do Auxílio Brasil, que deve ser liberado no próximo mês de setembro, segundo informações do Ministério da Cidadania. A proposta é polêmica.

A tendência é que tanto o perdão para dívidas de inadimplentes como o próprio Auxílio Brasil sejam temas recorrentes para as eleições deste ano. Há ainda a indicação de mais dois debates em sistema de pool marcado para antes do primeiro turno.

A parcela mais pobre da população representa também uma das maiores fatias do eleitorado. A avaliação da maioria das campanhas é de que é necessário falar para este público para poder conseguir subir nas intenções de voto.

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