Ministro diz que mudanças no Auxílio “não são eleitorais”

Durante evento em Salvador, Ministro da Cidadania voltou a defender mudanças no Auxílio Brasil. Ele disse ainda deu novos detalhes sobre o consignado
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O Ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, voltou a defender o Auxílio Brasil do Governo Federal nesta semana. Em entrevista, ele disse que as mudanças que estão sendo anunciadas no programa nos últimos dias, não teriam nenhuma relação com a tentativa de conquistar votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Por que não iríamos ajudar a população pobre por conta do período eleitoral? Estamos saindo de uma pandemia, um momento de guerra, insegurança energética e alimentar. Quem tem fome não pode esperar”, disse ele. Desde agosto, o Governo Federal está pagando o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 mínimos por família.

“Não posso me dar ao luxo de dizer que as pessoas podem aguardar mais 30 dias para estender o benefício social. Não faz parte da nossa atuação. O que podemos fazer, fazemos de forma imediata”, disse ele. Aqui, o Ministro tentou explicar o porquê de o anúncio de mais adicionais ter acontecido durante o segundo turno.

Nos últimos dias, o Governo anunciou um pacote de alterações em seus benefícios sociais. Entre os meses de setembro e outubro, por exemplo, eles inseriram mais de 470 mil pessoas na folha de pagamentos do projeto, ultrapassando assim a marca dos 21 milhões de atendidos. Trata-se de um novo recorde na história do programa social.

No início desta semana, o Governo Federal também anunciou que o calendário de repasses será antecipado para a primeira quinzena do mês de outubro. Assim, todos os mais de 20,65 milhões de usuários poderão receber o saldo deste mês antes do segundo turno das eleições presidenciais, marcadas para o próximo dia 30.

Consignado do auxílio

Na mesma entrevista coletiva, Ronaldo Vieira Bento defendeu a liberação do consignado para os usuários do Auxílio Brasil. Nas últimas semanas, críticos estão afirmando que o Governo estariam errando ao oferecer dinheiro em forma de empréstimo para pessoas que estão passando fome.

“O empréstimo consignado veio para assessorar as famílias nesse momento de recuperação social que o país passa [no] pós-pandemia. Principalmente, para a troca de uma dívida muitas vezes cara por uma dívida com juros mais baratos”, disse o Ministro em entrevista para o programa A Voz do Brasil na quarta-feira (28).

“Essas famílias, que se encontram endividadas, às vezes pagando taxa de juros em cartão de crédito da ordem de até 20% ao mês, agora vão poder trocar essa dívida cara por uma dívida barata”, explicou ele. O Ministro também deixou claro que os cidadãos poderão pegar o dinheiro do crédito para empreender.

“A família consegue, com esse novo benefício do consignado, comprar um equipamento para continuar a sua produção. Muitos  que, durante a pandemia, tiveram a sua renda prejudicada, agora, com essa ferramenta do empréstimo consignado, vão conseguir retomar a sua atividade de trabalho”, argumentou.

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