No Ceará, candidato promete criação de novo auxílio estadual

Candidato do União Brasil defendeu a manutenção do Auxílio de R$ 600 em 2023, e falou sobre a criação de um novo benefício estadual

Durante entrevista nesta segunda-feira (22), o candidato ao Governo do Ceará, Capitão Wagner (UB) detalhou as suas propostas para tentar combater a fome no estado. Entre outros pontos, o candidato disse que defende a manutenção do valor do Auxílio Brasil do Governo Federal, independente do presidente que seja eleito este ano.

“Para o ano que vem, a gente espera, seja quem for o governante, seja quem for o presidente, que mantenha esse valor para que as famílias possam, a longo prazo, se preparar e entrar no mercado de trabalho e dar oportunidade para outras famílias que não têm acesso”, disse o candidato durante a inauguração de um comitê de campanha.

Nas últimas semanas, Capitão Wagner vem tentando desgrudar a sua imagem do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Por trazer o nome de capitão em sua candidatura, e por ter apoiado o chefe de estado em outras oportunidades, ele ainda é visto por parte dos cearenses como um político que seria mais ligado ao atual chefe do executivo.

Na mesma inauguração, Capitão Wagner defendeu a criação de um novo auxílio social para o estado do Ceará. Ele não entrou em muitos detalhes sobre o novo programa social, mas indicou que os repasses do benefício exigiam contrapartidas por parte da população do estado, sobretudo os mais vulneráveis.

“A gente acredita que casar a frequência escolar com a garantia de que essas pessoas vão ter uma renda mínima faz com que a gente possa garantir a segurança alimentar e a frequência escolar dos alunos (das famílias em situação de vulnerabilidade)”, disse o candidato do União Brasil durante a inauguração de um comitê.

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Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil do Governo Federal acabou de passar por um aumento de valores. Entre os meses de julho e agosto, o patamar de pagamentos mínimos subiu de R$ 400 para R$ 600. Tudo por causa da aprovação da chamada PEC dos Benefícios.

Entre outros pontos, o documento aprovado pelo Congresso Nacional liberou R$ 41 bilhões para uso do Governo Federal em pleno ano eleitoral. Parte do montante também foi usado para elevar o número de usuários do programa para mais de 20 milhões.

As mudanças, entretanto, só possuem validade até o final deste ano. Em tese, o próximo presidente terá o poder de manter o auxílio na casa de R$ 600 em 2023, mas apenas se conseguir indicar uma nova fonte de custeio.

Os principais candidatos à presidência já deixaram claro que não pretendem diminuir o valor do Auxílio Brasil. Bolsonaro (PL) e Lula (PT) disseram que devem manter o patamar na casa dos R$ 600. Ciro Gomes (PL) afirma que deve elevar o depósito para R$ 1 mil por família.

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