Por que a fila de espera do INSS está tão grande? Como isso prejudica a economia?

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Um dos assuntos que mais estão sendo abordados ultimamente, de acordo com o Globo, é sobre a fila de espera dos cidadãos que devem receber algum valor do INSS. Isso porque é estimado que mais de 2,8 milhões de pessoas estão esperando para ter acesso a algum benefício, tendo que esperar ao menos 70 dias para ter acesso ao valor. Em suma, somente para a realização de perícias médicas, estima-se que sejam ao menos 800 mil cidadãos – para apenas 3 mil peritos. 

O INSS argumenta que o corte de R $1 bilhão de orçamento para o ano de 2022, e a impossibilidade de realização de concurso público, está fazendo com que a categoria se torne sobrecarregada porque estão faltando profissionais para fazer as análises de concessão. 

Os peritos do INSS argumentam que o valor máximo de pessoas que podem ser atendidas por cada um deles é de 12, mas que muitas vezes atendem o dobro do que isso – o que acaba lotando e tirando toda a qualidade de serviços que deveria estar sendo prestada. 

O fim de concursos públicos está acontecendo devido à aprovação da Pec dos Precatórios que foi determinada em dezembro de 2021 e que previa que haveria um aumento do valor do Auxílio Brasil para R$ 400, mas em compensação, o corte aconteceria nos servidores públicos e previdência social. Antes da aprovação da PEC, o Auxílio Brasil estava pagando apenas R$ 220, referente a um reajuste de ao menos 20% sobre o que estava sendo pago pelo antigo Bolsa Família. 

É estimado, de acordo com o portal do Extra, que no período de apenas um ano, a  fila de espera do INSS tenha crescido ao menos 30,55%. 

Isso prejudica profundamente a economia, visto que só cidadãos estão pagando para ter acesso a programas sociais dos quais não estão concebidos.  Sem contar que no caso do seguro desemprego, as pessoas podem ficar sem dinheiro para realizar a compra de alimentos básicos e manter, assim sendo, a sustentação de um grupo familiar. 

Neste mês de março, houve a liberação do valor de R$ 1,4 bilhões em concessões. O que ainda foi maior que no mês anterior em que a pasta teria liberado o valor de apenas R$ 800 milhões em concessões. Em suma, a maior parte das liberação de programas sociais está acontecendo no valor de até  60 salários mínimos, o que é equivalente a cerca de R$ 72 mil. 

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