Simone Tebet sobre Auxílio de R$ 600: “tirar seria desumano”

Durante visita ao Ceará, Tebet falou sobre emprego e renda. Ela ainda disse que pretende manter o valor de R$ 600 caso seja eleita

A candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, cumpre nesta quinta-feira (15), agenda no Ceará. Durante coletiva em Fortaleza, a senadora falou sobre emprego e renda. Ela voltou a dizer que não pretende diminuir o valor do Auxílio Brasil caso seja eleita. Hoje, o programa social faz pagamentos de R$ 600 por família.

“Os R$ 600 estão aí e ninguém vai tirar. Seria desumano. Há dinheiro para isso, ainda que, no ano que vem, excepcionalmente, a gente tenha, como vai ser feito, que criar um crédito extraordinário para isso. Vai ser votado neste ano, então está resolvido o problema”, disse ela, quando perguntada sobre o assunto.

Esta não é a primeira vez que Simone Tebet fala sobre o assunto. Durante visita ao estado de Minas Gerais, a candidata também prometeu manter o auxílio na casa de R$ 600 e renovou sua promessa de erradicar a miséria do país, além de reduzir os índices de pobreza. Ela chegou a citar o caso do menino que ligou para a polícia para pedir comida.

“Tudo para que um menino como o Miguel, de 11 anos, de Belo Horizonte, não tenha de ligar para o 190, telefone da Polícia Militar, pedindo ‘pelo amor de Deus, venha aqui que estou há três dias sem comer’”, disse ela. A candidata também disse que pretende manter o Cadúnico nas mãos das gestões municipais.

“É preciso devolver esse sistema para quem sabe fazer gestão, para quem sabe cuidar das pessoas, que são os municípios”, completou a emedebista. Na avaliação da candidata, hoje a gestão do Cadúnico estaria muito mais nas mãos do Governo Federal, o que poderia dificultar a captação de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

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Auxilio além de Tebet

Tebet, no entanto, não pode chamar a sua promessa de manter o Auxílio na casa de R$ 600 de um diferencial. Basicamente, todos os principais candidatos da disputa presidencial prometem a manutenção do valor do benefício neste patamar.

O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, disse em várias entrevistas que manterá o valor de R$ 600 no próximo ano. No último dia 31 de agosto, o seu governo enviou uma proposta de redução do patamar com indicativo de redução para a casa dos R$ 405 a partir de janeiro.

O ex-presidente Lula (PT) também promete manter o Auxílio Brasil na casa dos R$ 600. O candidato também afirma que poderá pagar um adicional de R$ 150 por criança menor de seis anos, além de liberar o valor dobrado para as mães solo.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) vai além e promete a criação de uma nova renda básica universal e permanente no valor de R$ 1 mil por família. A ideia é que os repasses sejam pagos através da taxação da fortuna daqueles que ele chamou de “super ricos”.

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