“Surpresa de réveillon”: Energia elétrica terá bandeiras mais caras em 2022

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A MP 1078/2021 foi publicada no dia 13 de dezembro e prevê algumas regularizações em relação à cobrança da energia elétrica em todo o país tendo em vista a crise hídrica que se estende até o ano de 2022: de acordo com o Ministério de Minas e Energias, esse é um dos momentos mais densos dos últimos 91 anos em relação à seca.

A medida provisória prevê que as empresas possam cobrar taxas ainda maiores que a de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Para que isso aconteça, a empresa responsável pela distribuição deve avisar aos seus consumidores com antecedência e dar uma previsão do prazo para terminar as cobranças a mais.

As bandeiras de energia elétrica mostram o quão complexo está sendo para o Sistema Interligado Nacional conseguir produzir energia: durante o ano de 2021, houve a criação nacional de uma nova taxa, que era ainda mais cara que a vermelha – que tradicionalmente era cobrada durante os verões devido ao ar condicionado sendo usado em excesso.

“Aqui na minha casa, o valor chegou a R$ 420, e somos apenas quatro pessoas. Temos apenas uma geladeira, um freezer. Não ligamos o ar condicionado durante todo o mês. E mesmo assim a taxa veio mais cara que o esperado. E o pior é que não existem previsões para quando isso vai acabar, dizem que é em abril do ano que vem, mas duvido muito que isso aconteça. Do jeito que estão falando, pode durar mais que um ano!”, afirma Maria Linhares que prestou depoimento para o Otrabalhador.

“Minha filha trabalha com marmitas e também com costura. Eles gastam cerca de R$ 700 por mês. Está tudo muito caro, não basta enriquecer o preço dos alimentos, precisam deixar a gasolina e energia ainda mais caros. Em Santa Catarina, o preço médio da gasolina já é maior que R$ 6,50″, complementa.

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