Pis: CNM alerta que municípios não são obrigados a reter tributos federais

CNM alerta que municípios não precisam reter Pis, Cofins e CSLL de fornecedores. Entenda a responsabilidade das prefeituras e os riscos
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A polêmica sobre a retenção de tributos federais voltou a gerar dúvidas entre gestores municipais. Recentemente, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) publicou um alerta para reforçar que as prefeituras não têm obrigação legal de reter Pis, Cofins e CSLL em pagamentos a fornecedores.

De acordo com a entidade, o mal-entendido surgiu a partir da interpretação equivocada da Instrução Normativa 1.234/2012, atualizada pela IN 2.145/2023 da Receita Federal. 

Essas normas estabelecem que apenas órgãos da administração pública federal, autarquias, fundações federais e empresas públicas vinculadas à União devem fazer a retenção. Os municípios, por não estarem incluídos nesse grupo, ficam de fora dessa obrigação.

O que cabe às prefeituras na retenção de tributos? 

Segundo a CNM, a única retenção que os municípios podem realizar é a do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Esse tributo fica integralmente com as prefeituras, compondo suas receitas próprias.

Já em relação ao Pis, Cofins e CSLL, a responsabilidade é exclusivamente dos fornecedores, que precisam recolher os valores diretamente via Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).

Por que a orientação sobre o Pis é importante para os gestores? 

O alerta da CNM tem como objetivo evitar que administrações municipais assumam responsabilidades que não são suas.

Caso haja retenção indevida de tributos federais, o próprio gestor pode ser responsabilizado e sofrer sanções da Receita Federal ou de órgãos de controle externo, como os Tribunais de Contas.

Entre os riscos estão:

  • necessidade de devolução dos valores;
  • penalidades administrativas;
  • multas financeiras;
  • responsabilização jurídica.

Orientações para os fornecedores e equipes contábeis

A CNM reforça que as prefeituras devem orientar os fornecedores sobre a forma correta de recolher tributos federais.

Ela também destaca a importância de treinar equipes financeiras e contábeis para evitar erros que comprometam a contabilidade pública.

Manter conformidade legal garante transparência, preserva a execução orçamentária e fortalece a segurança jurídica das administrações municipais.

Como acionar a CNM nesses casos

Para reduzir riscos e esclarecer dúvidas, a Confederação disponibiliza atendimento técnico e orientação individualizada para gestores. 

O objetivo é padronizar as práticas de retenção em todo o país, assegurando que os municípios atuem dentro da legislação.

Ao limitar sua responsabilidade ao IRRF e repassar corretamente as obrigações do Pis, Cofins e CSLL aos fornecedores, os municípios evitam problemas fiscais e garantem maior regularidade administrativa.

Esse posicionamento da CNM não apenas esclarece dúvidas recorrentes, mas também fortalece a autonomia dos municípios na gestão de seus recursos. 

Ao seguir a legislação corretamente, as prefeituras conseguem evitar gastos desnecessários com processos administrativos e manter a credibilidade de suas contas perante os órgãos de fiscalização.

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