quarta-feira,
26 de novembro de 2025

Quase 2 milhões perderam o Bolsa Família desde o início do ano

Dados do Ministério do Desenvolvimento Social revelam que quase 2 milhões de pessoas perderam o direito de receber o Bolsa Família desde o início do ano

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Se você teve o seu Bolsa Família suspenso ou bloqueado este ano, saiba que você não está sozinho. De acordo com as informações do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, quase 2 milhões de famílias brasileiras também perderam o direito neste ano de 2023. As exclusões ocorreram por causa do sistema de pente-fino.

Os dados oficiais apontam que o número de exclusões atingiram a marca dos 1,8 milhão entre os meses de janeiro e maio deste ano. Nem todas ocorreram de uma só vez. A cada mês, o Ministério realiza uma nova fase da operação e analisa os dados das pessoas que supostamente não estariam mais atendendo aos critérios do projeto.

O motivo

De acordo com o Governo Federal, não existe apenas um motivo para os cancelamentos das contas destas quase 2 milhões de pessoas. Contudo, algumas razões são mais comuns. O Ministério alega, por exemplo, que parte dos usuários estaria recebendo valores muito altos para além do Bolsa Família.

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Há ainda casos de cidadãos que teriam mentido no sistema de inscrição do Cadúnico e se registrado como famílias unipessoais, ou seja, um cidadão que mora sozinho, apenas com o objetivo de conseguir um pagamento só para si. O Governo também está excluindo estas contas.

Neste sentido, é possível que novas exclusões estejam no caminho. De acordo com as informações oficiais, o Governo Federal vai continuar realizando o pente-fino para definir se será preciso excluir novos usuários do sistema do programa Bolsa Família no decorrer deste ano.

O que fazer para não perder

O cidadão que não quer fazer parte desta estatística, e que deseja se manter no Bolsa Família, precisa atentar para uma série de pontos. Um deles, por exemplo, é o Cadúnico. Quem faz parte desta lista precisa atualizar as informações sempre uma vez a cada dois anos, ou sempre que houver uma mudança estrutural na família.

Uma morte, um nascimento, uma mudança de endereço ou até mesmo a troca da escola dos filhos são apenas alguns dos casos em que o cidadão precisa atualizar os dados. Caso contrário, o Governo Federal poderá detectar inconsistências nas informações e suspender a conta.

Também é importante lembrar que o Cadúnico precisa ser atualizado sempre com informações verdadeiras. O Ministério analisa outras bases de dados para comprovar se o cidadão está realmente falando a verdade ou não.

Neste sentido, inserir apenas informações verdadeiras é muito importante para o cidadão que não quer perder o direito de receber o Bolsa Família.

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Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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