Abono, auxílio-doença e mais: lista de benefícios que podem ter cortes no governo Lula

Presidente liberou o corte de R$ 25 bilhões em despesas em programas sociais. Mas para além disso, governo quer alterar regras de benefícios

Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou o corte de R$ 25 bilhões no orçamento do governo federal. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a medida deverá afetar benefícios sociais, sobretudo aqueles que são pagos pelo INSS.

Contudo, esta não é a única razão para preocupação dos segurados neste momento. De acordo com informações de bastidores, membros da equipe econômica querem ir além, e desejam também aplicar outras mudanças que poderiam impactar ainda mais estes benefícios.

Os benefícios impactados

Mesmo depois de o presidente Lula dizer publicamente que é contra a desvinculação do salário mínimo, uma ala da equipe econômica insiste que vai conseguir aplicar a regra em alguns benefícios de caráter temporário.

Hoje, salário mínimo e previdência são vinculados. Isso quer dizer que quando o salário mínimo é elevado, todos os benefícios previdenciários têm que subir em uma mesma velocidade. Em 2024, por exemplo, salário e previdência pagam uma base de R$ 1.420.

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A ideia desta ala da equipe econômica é manter esta regra para os benefícios que são considerados permanentes, como:

Já para os benefícios de caráter temporário, o governo federal poderia aplicar uma desvinculação, ou seja, o cidadão passaria a receber um aumento menor do que o previsto no salário mínimo. Neste sentido, os seguintes programas seriam impactados:

Nas contas da equipe econômica, esta medida poderia gerar uma economia de R$ 1 trilhão em um intervalo de 10 anos.

Lula e a desvinculação

Em entrevista recente, no entanto, o presidente Lula deixou claro que não tem qualquer intenção de aplicar uma desvinculação do salário mínimo.

“Eu não considero isso gasto (benefícios previdenciários equivalentes ao salário mínimo), gente, pelo amor de Deus. A palavra “salário-mínimo” é o mínimo e o “minimório” que uma pessoa precisa para sobreviver’, disse o presidente. 

“Se eu acho que eu vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, cara, eu não vou para céu. Eu ficaria no purgatório. Se eu não levar em conta que, sabe”, seguiu o presidente.

“Cara, tem uma coisa que eu aprendi que é o seguinte, uma frase: muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza, significa desnutrição, significa analfabetismo, significa desemprego.” 

“Agora, pouco dinheiro na mão de muitos significa aumento de renda, significa mais consumo, significa mais desenvolvimento, significa mais emprego, mais educação, mais saúde”, completou ele”, completou Lula ao ser questionado sobre  assunto.

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