MP libera dois salários mínimos para milhares de brasileiros; veja quem recebe

Medida Provisória (MP) já está valendo, e a expectativa é de que os dois salários mínimos sejam liberados já a partir do mês de julho

O governo federal anunciou ainda na última semana um programa de manutenção do emprego e renda, que prevê a liberação de dois salários mínimos extras. A expectativa é de que pouco mais de 430 mil trabalhadores com carteira assinada sejam atendidos pela medida.

O foco, no entanto, está apenas nos trabalhadores do Rio Grande do Sul. O estado acabou de passar pelo maior desastre ambiental de sua história. Dados oficiais mais recentes da Defesa Civil indicam que mais de 170 pessoas morreram, e milhares de gaúchos seguem desalojados ou desabrigados.

O anúncio da liberação dos dois salários mínimos extras foi feito pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante visita a Arroio do Meio, no Vale do Taquari.

Quem poderá receber salários

De acordo com as informações oficiais, a ideia do governo federal é atender os seguintes grupos:

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  • trabalhadores em regime CLT (326.086);
  • estagiários (36.584);
  • trabalhadores domésticos (40.363);
  • pescadores artesanais (27.220).

A ideia é simples: o governo federal vai pagar o salário mínimo destas pessoas por um período de dois meses. Em contrapartida, as empresas que estão dentro do sistema não poderão demitir os seus funcionários por um período de quatro meses.

“Vamos estabelecer a adesão das empresas. Nós vamos oferecer duas parcelas de um salário mínimo a todos os trabalhadores formais do estado do Rio Grande do Sul que foram atingidos na mancha. Não simplesmente nos municípios de calamidade”, disse o ministro.

“Os municípios em calamidade e em situação de emergência, desde que atingido pela mancha da inundação”, completou ele.

Rio Grande do Sul

Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve mais uma vez no Rio Grande do Sul. Agora, o petista visitou os escombros de algumas das cidades que foram mais atingidas pelos fortes temporais. Mais uma vez, ele prometeu apoio.

“A gente não quer procurar culpado. A gente quer procurar solução para diminuir o sofrimento das pessoas. A gente vai ter que escolher melhor lugar para casa, melhor lugar para escola, melhor lugar para hospital”, disse o presidente. 

“A gente vai ter que transformar esse lugar que encheu d’água em bosque, em praça para que as pessoas possam correr, andar de bicicleta, que as pessoas possam fazer cooper, levar família final de semana, mas nunca mais a gente vai colocar essas pessoas para morar num lugar em que ele vai correr risco de vida”, seguiu ele.

Mesmo várias semanas após o início dos desastres, o fato é que milhares de gaúchos ainda precisam de ajuda para tentar se reerguer.

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