“Criador” do Auxílio Brasil derrapa nas pesquisas ao Governo da BA

Pesquisas de intenção de voto para o Governo da Bahia mostram que o Ministro do Auxílio Brasil deve ter dificuldades nas eleições deste ano

O ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL-BA), deixou o cargo há cerca de quatro meses com um objetivo claro: disputar as eleições para o Governo do estado da Bahia. Antes de deixar o Ministério, Roma trabalhou pela aprovação do programa Auxílio Brasil e usou o projeto como a sua vitrine política. Ao menos até aqui, sem ganho eleitoral.

Segundo pesquisa Real Time/ Big Data, João Roma aparece com 9% das intenções de voto para o Governo da Bahia. Nos dois levantamentos anteriores, realizados em junho e julho, ele apareceria com 10% das intenções. Ao mesmo passo, os seus adversários ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT) lideram com 49% e 24% respectivamente.

João Roma virou Ministro da Cidadania para substituir o anterior Onyx Lorenzoni (PL-RS). Ele chegou para comandar a pasta como uma exigência do chamado Centrão. O corpo político havia acabado de ajudar a eleger o então candidato de Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados.

Durante seu período no comando da pasta, Roma levou seu nome aos holofotes, participou de sabatinas, de entrevistas e de inúmeras lives ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Foi também durante seu período, que o Ministério mais repassou recursos para o estado da Bahia, a unidade da federação que ele já pensava em governar.

Aliados de João Roma dizem que a aproximação com Bolsonaro pode ser um dos motivos que expliquem a derrocada do candidato até aqui. De acordo com as pesquisas de opinião, o presidente tem dificuldades de aprovação no Nordeste, em especial na Bahia. Em 2018, o então candidato foi eleito sem vencer em nenhum estado da região.

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Auxílio na eleição nacional

De todo modo, o fato é que o aumento no valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 ainda não surtiu o efeito desejado, nem mesmo para a campanha nacional do presidente Bolsonaro. É o que apontam as principais pesquisas.

Levantamentos de institutos como Datafolha, Quaest e Ipec mostram que o chefe de estado ainda está muito atrás do ex-presidente Lula (PT) mesmo entre os usuários que fazem parte do Auxílio Brasil do Governo Federal.

Segundo alguns destes levantamentos, parte importante do eleitorado vê o aumento do auxílio como uma vitrine eleitoral do presidente. Vale lembrar que durante três meses do ápice da pandemia, o Governo não pagou benefício algum.

O Planalto se defende afirmando que o Auxílio Brasil não é um projeto eleitoreiro e que trabalha apenas com o objetivo de ajudar as pessoas mais humildes. As eleições tanto para presidente, como para governador da Bahia, devem acontecer no próximo dia 2 de outubro.

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