Maioria dos brasileiros querem que Auxílio seja permanente, diz pesquisa
Pesquisa realizada pelo Senado Federal mostrou que 75% dos brasileiros querem que o Auxílio Brasil seja permanente a partir do próximo anoSe depender da vontade popular, o Auxílio Brasil de R$ 600 deverá se tornar um programa permanente. Ao menos é o que aponta uma nova pesquisa realizada pelo Senado Federal nesta semana. De acordo com o levantamento, 75% dos entrevistados acreditam que o programa precisa permanecer neste valor, e apenas 25% acreditam que a resposta é não.
A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 26 de novembro deste ano e foi feita por telefone. Pouco mais de 2 mil pessoas com mais de 16 anos deram as suas respostas. O resultado parcial da amostra foi divulgado nesta semana para que os números sirvam para os debates em torno da PEC de Transição, que já está em tramitação.
Hoje, o Auxílio Brasil do Governo Federal já faz pagamentos mínimos de R$ 600 por família. Contudo, este valor só está confirmado até o final deste ano de 2022. Para 2023, a indicação geral é de que o saldo vai cair para a casa dos R$ 405 mensais. A PEC em tramitação tenta manter os R$ 600 também para o próximo ano.
Esta PEC define a abertura de R$ 145 bilhões dentro do teto de gastos públicos não apenas para a manutenção do valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600, como também para a criação de um adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade. Ainda sobraria espaço para o aumento real do salário mínimo.
É importante frisar que a pesquisa em questão perguntou apenas a opinião das pessoas sobre a situação do Auxílio Brasil, e não necessariamente sobre o texto da PEC. Como dito, este documento que está em análise no Congresso Nacional possui uma série de outros pontos que ainda devem gerar polêmica nos próximos dias.
Aliado de Bolsonaro defende PEC do Auxílio
Em entrevista na manhã desta terça-feira (13), o líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), disse que acredita que a PEC vai ser aprovada. Ele argumentou que a dúvida é saber se a PEC vai passar por alguma alteração em seu texto original ou não.
“Eu acredito que não teremos problemas com a aprovação da PEC porque houve uma decisão de que a base do governo Bolsonaro votaria a favor do aumento para R$ 600 (do Auxílio Brasil) e também do aumento real do salário mínimo. Esta é a decisão tomada, então a PEC andou com muita tranquilidade na velocidade adequada”, disse Barros.
“Então é vontade do conjunto de parlamentares, governo e oposição, garantir os R$ 600 do Auxílio Brasil para os brasileiros no ano que vem, e por isso a PEC vai ser aprovada. Vamos ver se com ou sem alterações”, completou ele. Na mesma entrevista, Barros elogiou a condição do processo pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
“O presidente Arthur Lira fez a sua parte, colocando a PEC junto com outra que já estava pronta para a votação, que tinha o mesmo tema, e nós vamos apreciar esta semana no plenário. Está na pauta da semana. Ele ainda não tem o dia definido que nós vamos votar, exatamente porque estamos em negociações”, disse o parlamentar