Veja quem vai comandar o Ministério responsável pelo Auxílio Brasil

Nesta quinta-feira (22), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou novos nomes que irão participar do seu governo. Entre outros pontos, o petista anunciou que o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) será o responsável pelo Ministério do Desenvolvimento Social, a pasta que responde pelo Auxílio Brasil.

Dias é um dos nomes mais próximos de Lula dentro do PT. Ele foi eleito governador do estado do Piauí por quatro mandatos, além de senador pelo estado por quatro anos. Nas eleições deste ano, ele conseguiu vencer a segunda eleição para o Senado, mas não deve assumir o cargo, já que será ministro de estado.

Dias venceu a disputa interna por esta vaga contra nomes de peso como a ex-ministra do Desenvolvimento Social de Lula, Tereza Campello (PT) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS). A indicação do senador eleito para o cargo acabou surpreendendo várias pessoas que acreditavam que esta pasta seria da emedebista.

O Ministério do Desenvolvimento Social deverá substituir o atual Ministério da Cidadania de Bolsonaro (PL) a partir de janeiro do próximo ano. Trata-se de uma das pastas com os maiores orçamentos do novo governo, sobretudo depois da aprovação da PEC da Transição, que liberou R$ 75 bilhões para esta área.

A partir de janeiro, Wellington Dias será o nome responsável por definir o futuro do programa Auxílio Brasil. Ele assume o cargo com a tarefa de reduzir os altos índices de fome indicados pelos principais institutos brasileiros. Em entrevista depois da nomeação, Dias disse que se sente pronto para a tarefa.

Dias fala sobre Auxílio

“Eu estou pronto para a missão. É claro, sobre a coordenação do presidente (eleito) Lula, um líder experiente. Eu tenho consciência do tamanho da responsabilidade e aprendi que não se faz nada sozinho. Vamos trabalhar com muita gente, praticamente com todos os outros ministérios, todos da equipe sob o comando do presidente Lula”, disse Dias

“Vamos trabalhar de maneira integrada com os estados, municípios, setor privado e com a sociedade. Há missões claras que foram apresentadas na campanha. A principal missão é tirar o Brasil do Mapa da Fome. Não é simples. Vamos ter que começar de um ponto, temos quatro anos para a realização deste trabalho.”

“Somos gratos ao Congresso Nacional pela aprovação da PEC do Bolsa Família, que além de garantir estes R$ 600, teve este olhar para as crianças de até seis anos e outras áreas do campo social. Além disso, é importante garantir que as pessoas tenham dignamente oportunidade de trabalhar e de desenvolver os seus talentos.”

“Nós temos um Cadastro Único com 90 milhões de pessoas cadastradas, então temos que ter um olhar para isso. Certamente, tem gente que provavelmente não se enquadra em critérios, mas tem também pessoas que preenchem os critérios, têm o direito e não estão colocadas, e não vamos deixar ninguém para trás”, completou ele.