FGTS Futuro tem adesão abaixo do esperado

O Ministério das Cidades estima que a medida beneficiará cerca de 60 mil famílias de baixa renda, aumentando o poder de compra
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Os financiamentos imobiliários com base no uso do “FGTS Futuro” ainda não foram bem recebidos, mesmo quatro meses depois de entrar em vigor. Essa modalidade foi aprovada pelo Congresso em 2022 e a Caixa Econômica Federal a regulamentou nos meses seguintes. Em abril de 2024, ela foi lançada oficialmente.

Ao usar o FGTS Futuro, é possível usar os fundos que ainda serão depositados no fundo do trabalhador para complementar o financiamento de imóveis no Minha Casa Minha Vida. As pessoas que pertencem à faixa 1 do programa e ganha até R$ 2,6 mil pode usar a operação.

O objetivo é aumentar o poder de compra dos menos afortunados. O Ministério das Cidades estima que a medida beneficiará cerca de 60 mil famílias de baixa renda.

Só 376 contratos foram concluídos até agora.

No entanto, dados do banco levantados a pedido do Broadcast mostram que a Caixa registrou apenas 376 contratos nessa modalidade de abril até agora, totalizando R$ 3,7 milhões em empréstimos. O total de operações na faixa 1 do MCMV neste ano, que acumula 124,7 mil contratos e movimenta R$ 20,9 bilhões, é relativamente pequeno.

A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, afirmou que o desempenho abaixo do esperado levou o banco a iniciar uma investigação interna para determinar o motivo pelo qual a modalidade não evoluiu.

Inês Magalhães disse:

“O ‘FGTS Futuro’ está rodando muito pouco, e nós estamos buscando entender o porquê”, afirmou, em entrevista ao Broadcast. “Acho que as pessoas não entenderam muito bem como funciona, ou que quem está vendendo aqui talvez não esteja conseguindo explicar”

Como agente financeiro, a Caixa deve informar ao trabalhador a capacidade de pagamento para financiamento habitacional durante o processo de contratação, tanto com quanto sem o uso de depósitos futuros.

Quando você escolher usar o FGTS Futuro, os valores permanecerão bloqueados na conta vinculada até que o saldo devedor total seja pago. Só é possível selecionar o uso do FGTS Futuro no momento da contratação da operação, e não há necessidade de adesão posterior.

No entanto, a modalidade traz alguns riscos. O principal deles é que o trabalhador perderá seu contrato de trabalho e será obrigado a pagar uma taxa maior do que esperava, o que afetará seu orçamento doméstico.

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