Governo Federal anuncia novas previsões nas despesas

Segundo as projeções, o montante dessas despesas, que em 2023 somou a cifra de R$ 81 bilhões, deverá saltar para R$ 109,2 bilhões até 2028
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O Governo Federal anunciou novas previsões que apontam para um crescimento considerável nas despesas com seguro-desemprego e abono salarial no período de 2024 a 2028.

Segundo as projeções, o montante dessas despesas, que em 2023 somou a cifra de R$ 81 bilhões, deverá saltar para R$ 109,2 bilhões até 2028. Esse aumento significativo está intrinsecamente atrelado a novas diretrizes que buscam valorizar o salário mínimo.

Além do acréscimo nas despesas, o governo se vê diante do desafio de encaixar esses gastos no orçamento de 2025, que terá a árdua missão de absorver R$ 6,5 bilhões a mais.

À medida que as despesas obrigatórias se multiplicam, o espaço para investimentos se estreita como uma camisa de força, acendendo bandeiras vermelhas nas preocupações acerca da saúde financeira do país.

Ampliação dos Investimentos em Auxílio ao Desemprego

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) projeta que, entre 2024 e 2028, os desembolsos com seguro-desemprego saltarão impressionantes R$ 17,6 bilhões, configurando um acréscimo de 33%.

Esse cenário revela um panorama desafiador no que tange à proteção dos trabalhadores em momentos de crise. Esse aumento esperado se dá mesmo diante da queda na taxa de desemprego, que atingiu 6,9% no trimestre que se encerrou em junho de 2024 – o índice mais baixo registrado em dez anos.

Os três motores principais que alimentam esse impressionante crescimento são:

Aumento na quantidade de indivíduos à procura de novas oportunidades profissionais.

A valorização do salário mínimo não apenas eleva o poder de compra, mas também potencializa o valor dos benefícios, trazendo um sopro de esperança e dignidade para muitos.

Alta rotatividade impulsionada por um mercado de trabalho vibrante e cheio de oportunidades.

Descubra as Diversas Variedades do Seguro-Desemprego!

No Brasil, o seguro-desemprego se desdobra em cinco distintas facetas, cada uma delas oferecendo um suporte vital para aqueles que enfrentam desafios no mundo do trabalho.

Trabalhador formal

Pescador artesanal

Bolsa de qualificação profissional

Empregado doméstico

Trabalhador resgatado de condições análogas à escravidão

A modalidade voltada para o trabalhador formal se destaca contabilizando 87,42% dos pagamentos efetuados em 2023. O governo articula uma estratégia para diminuir o número de pessoas que recebem o seguro-defeso, com o objetivo de poupar R$ 4,96 bilhões durante o intervalo em questão.

De que maneira o Abono Salarial se insere nessa perspectiva?

O abono salarial, um benefício que garante um salário mínimo a quem recebe até dois salários mensais, está prestes a receber um impulso considerável. A previsão é de que esse benefício cresça impressionantes R$ 10,6 bilhões, um salto de 38%, no período de 2024 a 2028.

De acordo com as previsões traçadas, projeta-se que cerca de 49,5% dos trabalhadores se beneficiarão do abono. No entanto, esse alentador cenário vem acompanhado de uma notável desaceleração no ritmo de crescimento do emprego formal ao longo desse intervalo.

A elevação do salário mínimo tem um impacto direto e significativo nos custos associados aos benefícios oferecidos. As projeções para os montantes anuais do salário mínimo são as seguintes:

R$ 1.509 em 2025

R$ 1.595 em 2026

R$ 1.687 em 2027

R$ 1.783 em 2028

A cada R$ 1 a mais no salário mínimo, os gastos extras com o seguro-desemprego vão aumentar em R$ 37,6 milhões em 2025, um montante que deve saltar para R$ 39,6 milhões até 2028. No que diz respeito ao abono salarial, os gastos extras estão previstos para alcançar R$ 20,4 milhões em 2025, crescendo para R$ 21,6 milhões até 2028.

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