Haddad e Marinho discutem esta nova mudança no FGTS
Ministros da Fazenda e do trabalho se reuniram nesta semana justamente para debater o futuro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)O ciclo de reuniões entre ministros e o Presidente da República, Luiz Inácio da Silva segue intenso no Palácio do Planalto no decorrer dessa semana. Na terça-feira (12), por exemplo, os titulares da pasta da Fazenda, Fernando Haddad e do Trabalho, Luiz Marinho tiveram seu encontro.
Na pauta: o futuro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Este é um saldo pago pelos empregadores aos seus trabalhadores, e que só pode ser movimentado em situações muito específicas na grande maioria dos casos.
De acordo com as informações de bastidores, Haddad e Marinho discutiram a questão do fim do saque-aniversário. Essa foi uma das maiores promessas do ministro do Trabalho no decorrer dos últimos meses.
O saque-aniversário
O saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi lançado ainda pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O trabalhador que opta por esse sistema passa a ter o direito de sacar a quantia do FGTS todos os anos sempre no mês do seu nascimento ou nos dois meses imediatamente seguintes.
Contudo, o trabalhador que opta pelo saque-aniversário perde o direito de sacar a quantia em casos emergenciais, como em uma demissão sem justa causa, por exemplo. Esse é justamente o ponto de crítica do ministro do Trabalho.
Em entrevistas recentes, Luiz Marinho vem dizendo que vai conseguir substituir o atual saque-aniversário por uma espécie de consignado em instituições financeiras.
Foi justamente sobre essa mudança que Marinho e Haddad discutiram nessa terça-feira (12). Muito provavelmente eles não chegaram em um denominador comum, mesmo porque não se pronunciaram depois do fim do encontro.
Além do FGTS
Vale lembrar que esse não é o único assunto que está pautando o governo federal nesse momento. Nos últimos dias várias reuniões foram realizadas com o objetivo de fechar um acordo para apresentação de um pacote de corte de gastos.
Vários ministérios poderão ser atingidos por esse sistema. De acordo com informações de bastidores, existe a possibilidade de cortes em programas sociais e trabalhistas com o objetivo de equilibrar as contas públicas.
Benefícios como o seguro-desemprego, o abono salarial Pis/Pasep e até mesmo o salário mínimo poderiam estar em risco. Esses programas e pagamentos não devem chegar ao fim, mas existe a possibilidade de serem alterados para reduzir os gastos com cada um.
Diante da falta de anúncio por parte do governo federal, o mercado financeiro parece estar cada dia mais impaciente. Uma prova disso é que o dólar vem batendo recordes diários no decorrer das últimas semanas.