FGTS terá R$ 142,3 bilhões para investir em habitação, saneamento e infraestrutura

O valor do orçamento subiu 1,93% em comparação com 2024. Este ano, o FGTS possui um orçamento de R$ 139,6 bilhões
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No próximo ano, o FGTS terá R$ 142,3 bilhões para investir em habitação, saneamento e infraestrutura. O Conselho Curador aprovou o orçamento para 2025.

O valor subiu 1,93% em comparação com 2024. Este ano, o FGTS possui um orçamento de R$ 139,6 bilhões.

A maior parte dos recursos será destinada à habitação, que receberá 126,8 bilhões de reais. Apenas o programa Minha Casa, Minha Vida terá mais investimentos do que o disponível neste ano, totalizando R$ 123,5 bilhões.

O programa habitacional receberá mais subsídios do FGTS, totalizando R$ 12 bilhões, em comparação com os R$ 11 bilhões previstos para 2024. Os gastos para subsidiar o programa estão em outra categoria do Fundo de Garantia, separados dos investimentos e do cálculo de R$ 142,3 bilhões.

O Conselho Curador pretende financiar 83% em imóveis novos e 17% em unidades usadas no programa Minha Casa, Minha Vida.

O FGTS terá R$ 8 bilhões para projetos de infraestrutura urbana e R$ 7,5 bilhões para saneamento básico. No ano atual, os valores aumentaram. Em 2024, o FGTS terá R$ 6 bilhões para cada categoria.

A única alteração para o próximo ano foi na linha de crédito Pró-Cotista, que oferece financiamentos habitacionais com juros mais baixos para trabalhadores com conta no FGTS. O valor foi de R$ 5,5 bilhões para R$ 3,3 bilhões. A diminuição aconteceu mesmo com os pedidos do setor imobiliário.

Projeções

O Ministério das Cidades afirma que a proposta orçamentária do FGTS é sustentável nos próximos quatro anos, com base na evolução do patrimônio líquido do fundo, que deve passar de R$ 113,3 bilhões em 2025 para R$ 117,9 bilhões em 2028.

A empresa de pasta diz que será capaz de cumprir o orçamento a longo prazo, apesar da mudança na rentabilidade do fundo.

Em junho, o STF decidiu que o FGTS deve ser corrigido pela inflação pelo IPCA. A correção será aplicada apenas no saldo atual das contas, não em valores passados.

A reposição da inflação pode ser alcançada distribuindo os lucros do FGTS anualmente. A decisão do STF mantém o cálculo atual que inclui juros de 3% ao ano, distribuição de lucros do fundo e a correção pela Taxa Referencial (TR).

Se o cálculo atual ficar abaixo do IPCA, o Conselho Curador do FGTS decidirá como compensar a diferença. A inflação dos últimos 12 meses é de 4,47%.

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