Cadúnico: Veja com vai funcionar o pente fino a partir de 2023

Equipe do governo eleito vai dando sinais claros do formato do pente fino para usuários do Cadúnico e do Auxílio Brasil em 2023
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O governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não começou, mas a equipe de transição já está fazendo algumas sinalizações para os primeiros meses de gestão. Entre os planos está a ideia de realizar um grande pente fino no Cadúnico, para verificar a situação dos usuários do Auxílio Brasil.

Em entrevistas, aliados do presidente eleito dizem que o pente fino será importante para definir quem realmente precisa ganhar o dinheiro todos os meses, e quem entrou no Cadúnico de forma irregular. A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello falou sobre o assunto.

“O governo Lula vai assumir com 1 milhão de pessoas sendo chamadas em janeiro e 2 milhões de pessoas sendo chamadas em fevereiro para comparecer ao Cras ou (os benefícios) vão ser bloqueados”, disse Tereza Campello. Ela foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Campello não deu mais detalhes sobre o pente fino, mas a sinalização inicial é de que alguns cortes poderão acontecer no decorrer dos próximos meses. Aos usuários que fazem parte do Auxílio Brasil, a dica é atentar para a manutenção do Cadúnico atualizado. Assim, as chances de exclusão diminuem

Cadúnico e a “terra arrasada”

Nesta mesma entrevista, Campello evitou falar sobre uma data da possível retirada do Brasil do chamado mapa da fome. Ela disse, entre outros pontos, que o governo Lula vai trabalhar no sistema de reformulação do Cadúnico durante o seu primeiro ano de retorno ao poder.

“Nós temos um tempo da reconstrução da política pública que é importante a gente colocar nessa conta, porque a destruição foi muito grande e reconstruir não será trivial.”

“É importante que a população saiba do esforço que teremos que fazer para entrar em rota de voo mais uma vez”, disse a ex-ministra, que atualmente está no grupo de transição na área de Desenvolvimento Social.

“Então, responder, assim, na lata, quanto tempo vai demorar, certamente não vamos levar o tempo que levamos de 2003 a 2013 para sair do mapa da fome”, seguiu ela.

“Eu tenho muita convicção de que, como nós conhecemos esse caminho, como a máquina pública também viveu essa experiência, eu acredito que nós vamos contar agora com um conjunto de forças olhando para isso”, disse ele.

“Qual o principal ativo que nós temos, além do Estado brasileiro, com toda sua capacidade, apesar da destruição? É a capacidade do presidente Lula de mobilizar a sociedade, os governadores, prefeitos… não é só programa do Lula passar R$ 600”, disse ela.

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