“Lula pediu para colocar o rico no Imposto de Renda”, diz Haddad

Futuro Ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse que Lula o pediu para colocar o pobre no orçamento e o rico no Imposto de Renda

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) disse que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o pediu para colocar o “pobre no orçamento” e o “rico no Imposto de Renda”. Haddad será o responsável por controlar a economia do país a partir do próximo dia 1 de janeiro, quando assume a pasta oficialmente.

“Lula me fez um pedido. Ministro da fazenda precisa ter uma missão nesse país: colocar o pobre no Orçamento e o rico no imposto de renda. Essa frase resume o que ele quer”, disse Haddad durante um evento com catadores de lixo na última semana. A declaração repercutiu em diversos veículos de imprensa.

“Ele me convidou para essa nova tarefa e, se a gente tiver o mesmo êxito da Educação, vamos ter um país mais justo, que é o que precisamos. Todo mundo precisa de uma oportunidade na vida, e com essa frase simples Lula resume o que quer de justiça social. E justiça social começa atendendo a vocês”, seguiu Haddad.

Desde a campanha

Esta declaração, no entanto, não pode ser necessariamente vista como uma surpresa. Durante a campanha das eleições deste ano, Lula chegou a verbalizar em mais de uma oportunidade que desejaria cobrar mais impostos dos mais ricos. De todo modo, ele não vinha dizendo como faria isso exatamente.

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Talvez a resposta mais clara esteja mesmo na aprovação de uma nova Reforma Tributária. Desde que foi confirmado para a vaga do atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, Haddad vem dizendo que aprovar essa Reforma no Congresso Nacional é a grande prioridade do novo governo em 2023.

Neste mesmo evento, Lula disse que deve mudar uma série de leis para ajudar os mais pobres. “Nós vamos fazer o que tiver ao nosso alcance, mudar o decreto que tiver que mudar, fazer a lei que tiver que fazer, para que a gente possa dar a vocês cidadania que vocês merecem”, afirmou Lula.

Além do Imposto de Renda

Seja como for, enquanto esta reforma do Imposto de Renda não chega, o foco de Haddad e de toda a equipe de transição do governo Lula está mesmo na PEC da Transição. Trata-se do documento que prevê a manutenção do valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 no próximo ano.

Este texto já passou pela aprovação do Senado Federal e agora está travado na Câmara dos Deputados. A votação da matéria em dois turnos está marcada para esta terça-feira (20). A expectativa até aqui é de uma votação apertada.

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