INSS: Ministro mira novo grupo em nova reforma da previdência; veja quem será impactado

Ministro do TCU disse em entrevista que não tem dúvidas de que o Brasil precisa discutir novas regras para a previdência, e mirou grupo
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Em entrevista recente, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmou não ter dúvidas de que o Brasil vai precisar de novas mudanças nas regras da Previdência Social. De acordo com ele, o atual sistema não deve se sustentar por muito tempo.

Contudo, Dantas frisou que o melhor a se fazer é focar na previdência dos militares. Segundo o ministro, é justamente neste grupo onde se registra a maior defasagem. Os dados apresentados por ele, foram os seguintes:

  • déficit per capita do setor privado no INSS: R$ 9,4 mil;
  • déficit per capita dos servidores civis no INSS: R$ 69 mil;
  • déficit per capita dos servidores militares: R$ 159 mil.

“O que me cabe como auditor das contas do Brasil é mostrar esses números. É óbvio que há uma desproporção aqui e que algo precisa ser pelo menos pensado”, diz o ministro em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

“Talvez [o ajuste] não seja neste governo, talvez seja no próximo. Certamente teremos que sentar e discutir seriamente esse deficit na Previdência”, disse Bruno Dantas.

“No governo passado, foi feita uma reforma da Previdência para o servidor civil, para o RGPS (Regime Geral de Previdência Social), e não foi feita para os militares”, justifica.

Ele também afirmou que a atual situação das contas públicas no Brasil não é confortável, mas também não é explosiva. Na opinião do ministro, o governo só não pode insistir com mudanças na meta sempre que não conseguir alcançar a meta.

“A única coisa que nós, e isso não é uma ameaça, não aceitamos é que o governo passe o ano inteiro gastando como se a meta fosse X e no final do ano mude a meta para Y, para fazer uma conta de chegar de trás para frente e justificar o gasto que foi feito”, disse o ministro ao ser questionado sobre o assunto.

Mudanças na previdência

Nas últimas semanas, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, começou a liderar uma campanha para desvincular o valor do salário mínimo dos valores da previdência. Assim, os gastos previdenciários do governo federal poderiam ser controlados em um curto prazo.

A proposta gerou reações negativas, sobretudo de grupos do PT, que indicam que a medida tem potencial de prejudicar os aposentados e pensionistas do INSS, que naturalmente deixariam de ter aumento real todos os anos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se posicionou publicamente sobre a proposta da sua ministra.

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