Simone Tebet promete excluir irregulares do INSS. Veja detalhes

Em nova declaração, ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) disse que governo vai colocar uma lupa nos gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

Segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão na mira do governo federal. Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), o poder executivo vai passar uma lupa nos gastos para encontrar e punir supostas irregularidades em breve.

A declaração de Tebet foi dada nesta segunda-feira (21), durante reunião no Ministério do Planejamento. Na visão da ministra, a realização de um pente-fino nas contas do INSS poderia gerar uma economia de algo entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões. O valor se refere a benefícios previdenciários, como pensões e aposentadorias.

“O INSS, em um determinado ano, não sei se foi em 2021 ou 2022, deu um salto significativo de beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), de aposentadoria, muito acima da média anual. Não sei se foi no período eleitoral, não sei o que foi que aconteceu”, afirmou a ministra.

Governo anterior

Na avaliação de Tebet, o governo anterior teria trabalhado para inserir mais pessoas dentro do INSS em pleno ano eleitoral, apenas com o objetivo de conseguir mais votos. A ministra citou dados que teriam sido divulgados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) recentemente.

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“O Tribunal de Contas falou que de R$ 1 trilhão de benefícios pode ter algo em torno de 10% de erros ou fraudes. Se ficarmos com 1% ou 2% de R$ 1 trilhão”, disse a ministra.

“Nesta lupa que temos e queremos fazer em relação às fraudes e erros do INSS, são exatamente entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões que nós precisamos e temos que fazer para recompor o orçamento de todos os ministérios”, completou ela.

Relocação além do INSS

A ministra também argumentou que o atual governo não está trabalhando com corte de gastos, mas sim com uma espécie de realocação de recursos.

“Saímos de um déficit social que ficamos quatro anos sem construir uma casa em parceria com a Caixa Econômica Federal, onde a Farmácia Popular foi desmantelada […] Não dá para falar de corte de gastos. O que precisamos falar é de realocação do orçamento”, afirmou.

Bolsa Família

Vale lembrar que o governo federal já iniciou o processo de pente-fino nas contas do Bolsa Família. Dados oficiais apontam que pouco mais de 1 milhão de pessoas já deixaram de receber o benefício oficialmente depois das análises.

Novos cortes, aliás, já estão sendo encomendados. O governo está analisando com lupa sobretudo as famílias chamadas unipessoais. São pessoas que registraram no Cadúnico a informação de que estariam residindo sozinhas. O Planalto acredita que ao menos uma parte destas pessoas pode estar mentindo.

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