Auxílio Brasil: dobra número de usuários que moram sozinhos

Governo Federal vem aumentando gradativamente o número de pessoas que moram sozinhas no programa Auxílio Brasil

Cada vez mais, o número de cidadãos que moram sozinhos cresce dentro do Auxílio Brasil do Governo Federal. É o que mostram os dados do Ministério da Cidadania, que foram analisados pelo portal UOL na última semana. Em um intervalo de menos de um ano, o número de pessoas com esta característica mais do que dobrou.

Segundo as informações oficiais, em novembro de 2021, época do primeiro pagamento do Auxílio Brasil, o número total de usuários que moram sozinhos era de 2,2 milhões. Considerando os dados mais recentes do programa, registrados em agosto deste ano, o patamar subiu para a casa dos 4,9 milhões, ou seja, mais do que dobrou.

Analisando o número total de usuários, é possível dizer que os beneficiários que não moram sozinhos ainda são ampla maioria. Dos 20 milhões de brasileiros que fazem parte do benefícios, ao menos 15 milhões são famílias com mais de um integrante. Entretanto, o atual ritmo de novas entradas favorece aqueles que moram sozinhos.

Vamos aos dados de agosto. Para o último pagamento do Auxílio Brasil, o Governo Federal selecionou mais de 2,2 milhões de novos usuários. Deste montante, estima-se que mais de 1,1 milhão sejam pessoas que moram sozinhas. Estamos falando de 54% da totalidade de novas seleções para o projeto.

A tendência, aliás, é que o sistema siga se mantendo neste segundo semestre. O plano do Governo Federal é inserir mais de 1,5 milhão de pessoas entre os meses de setembro e dezembro deste ano. Boa parte dos novos usuários são cidadãos que moram sozinhos. Os números totais, no entanto, ainda não foram oficialmente divulgados.

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Por que esse fenômeno acontece no Auxílio?

Não existe apenas uma razão para explicar o aumento no número de pessoas que moram sozinhas no Auxílio Brasil. Existem alguns indícios que podem ajudar a entender por que o fenômeno se intensificou nos últimos meses.

O primeiro deles é que houve uma mudança na regra de seleção. Ao contrário do antigo Bolsa Família, o atual Auxílio Brasil não faz qualquer tipo de distinção em relação ao número de pessoas que estão vivendo na mesma casa.

Desta forma, um indivíduo solteiro tem as mesmas chances de seleção que uma família com 10 filhos. Desde que ele cumpra todas as regras de seleção, ele terá a possibilidade de ser selecionado para o programa social.

Além da questão da seleção, há de se considerar também a motivação eleitoral. Nos últimos meses, o Governo vem preferindo inserir famílias com adultos. Afinal de contas, se sabe que estas pessoas são potenciais eleitoras este ano.

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