Auxílio Brasil: maioria dos usuários afirma que não votará em Bolsonaro

De acordo com o levantamento, maioria dos usuários não deve mudar o voto mesmo depois do aumento do valor

O aumento do valor do Auxílio Brasil do Governo Federal de R$ 400 para R$ 600 ainda não surtiu o efeito esperado pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). As últimas pesquisas registram um cenário de estabilidade em relação aos números de intenção de voto para as eleições presidenciais deste ano.

Nesta quarta-feira (31), mais um dado divulgado preocupa a campanha do presidente. Segundo levantamento da Quaest, 76% dos usuários do Auxílio Brasil afirmam que o fato de o benefício ter aumentado de valor, não deve ter influência em seus votos nas eleições.

A porcentagem em questão reúne dois grupos: o primeiro é formado pelos 35% de usuários do Auxílio Brasil que dizem que o aumento no valor do projeto na verdade fez diminuir as chances de voto em Bolsonaro. O outro é formado pelos 41% de beneficiários que afirmam que a elevação do saldo não deve alterar o voto.

Hoje, os dado da Quaest apontam que apenas 22% dos usuários do Auxílio Brasil do Governo Federal afirmam que o aumento no valor dos pagamentos do programa tem um potencial de mudar os seus votos para o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de outubro.

Embora o presidente ainda não tenha reagido nas pesquisas, fato é que a equipe de campanha do candidato do PL acredita que boa parte dos usuários do Auxílio Brasil ainda poderão mudar de ideia. Eles acreditam que este movimento poderá acontecer dentro de mais algumas semanas.

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O Auxílio Brasil

Oficialmente, o Auxílio Brasil é um programa social que tem como objetivo ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Em seu estado bruto, o projeto faz pagamentos de R$ 400 mínimos.

No último mês de julho, o Congresso Nacional conseguiu aprovar a chamada PEC dos Benefícios. A aprovação do texto fez com que o Governo tivesse mais espaço no orçamento para bancar o aumento do benefício social.

Com a mudança, o valor do Auxílio subiu de R$ 400 para R$ 600. Contudo, a alteração já tem data de validade e deve chegar ao fim em dezembro deste ano. Em regra geral, o programa voltará ao patamar de R$ 400 já a partir de janeiro de 2023.

O próximo governo, seja ele comandado por Bolsonaro ou não, poderá manter o valor do benefício social em R$ 600. Para tanto, será necessário apresentar uma nova fonte de custeio. Até aqui, nenhuma foi oficialmente apresentada nem por Bolsonaro, e nem pelos seus principais adversários.

Além do atual presidente, Lula (PT) e Simone Tebet (MDB) afirmam que manterão o valor de R$ 600 em 2023 caso vençam as eleições deste ano. Ciro Gomes (PDT) vai além e afirma  que poderá elevar o saldo do programa para R$ 1 mil por mês.

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