Bolsonaro volta a prometer Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar sobre a situação do Auxílio Brasil para o ano de 2023. De acordo com o chefe de estado, o valor de R$ 600 do programa social está mantido para o próximo ano. Entretanto, o chefe de estado se esquivou de explicar o porquê de a indicação da manutenção não estar presente no plano de orçamento.

Em tese, o Governo Federal tem até o próximo dia 31 de agosto para enviar ao Congresso Nacional o plano de orçamento para 2023. Um dos pontos mais esperados é o valor que será apontado para o Auxílio Brasil. Informações de bastidores dão conta de que o Planalto deixará o depósito em R$ 400, ao menos neste primeiro momento.

Diante das informações que circulam pela imprensa, o presidente foi questionado sobre o assunto durante o debate presidencial promovido pela TV Bandeirantes, TV Cultura, Folha de São Paulo e Portal UOL na noite deste domingo (28). Bolsonaro se limitou a responder que o valor está garantido, afirmando que é possível manter o saldo “não roubando”.

Apenas não roubar, entretanto, parece não ser suficiente. Segundo analistas econômicos, o Governo Federal precisará apontar uma nova fonte de custeio para conseguir manter o valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 em 2023. Até aqui, o Ministério da Economia não conseguiu dar uma explicação.

Mesmo que o documento orçamentário indique um valor de R$ 400 para o próximo ano, o Congresso Nacional poderá fazer alterações. Bolsonaro terá, portanto, algumas oportunidades para manter a promessa e elevar o depósito para os R$ 600. Até lá, não é possível dizer que o benefício turbinado está garantido para 2023.

Auxílio Brasil

No último mês de julho, o Governo Federal conseguiu aprovar a chamada PEC dos Benefícios. Trata-se do projeto que liberou R$ 41 bilhões para uso do Planalto em seus programas sociais em pleno ano de eleições presidenciais.

Entre outros pontos, o Governo conseguiu aumentar o número de usuários do Auxílio Brasil em mais de 2,2 milhões. Além disso, também conseguiu elevar o valor dos pagamentos para R$ 600, um aumento de R$ 200 em relação aos repasses do primeiro semestre.

De toda forma, a PEC dos Benefícios indica que tais mudanças só terão validade até o final deste ano. Por tal lógica, o projeto poderia voltar a pagar R$ 400 por família já a partir do próximo ano, assim como acontecia anteriormente.

Além de Bolsonaro, outros presidenciáveis como o ex-presidente Lula (PT) e Simone Tebet (MDB) estão dizendo que manterão o valor de R$ 600 para o próximo ano. De toda forma, eles também não estão explicando como conseguirão fazer isso.