Entenda por que a Reforma Tributária pode decidir futuro do Auxílio

Em entrevistas recentes, Paulo Guedes e Jair Bolsonaro afirmam que precisam aprovar a Reforma Tributária para manter Auxílio Brasil de R$ 600

O Auxílio Brasil do Governo Federal no valor de R$ 600 ainda não está oficialmente confirmado para o ano de 2023. De acordo com as informações da peça orçamentária enviada ao Congresso Nacional, o valor do projeto cairá para R$ 405. No entanto, o Planalto garante que tem um plano para tentar reverter a situação.

O nome do plano é Reforma Tributária. O texto em questão prevê uma mudança na tabela do Imposto de Renda e uma nova forma de cobrar tributos no país. Nas contas do Ministério da Economia, a aprovação do documento pelo Congresso Nacional seria suficiente para abrir espaço no orçamento e conseguir manter o Auxílio de R$ 600.

Entretanto, para especialistas esta conta não é tão simples assim. Vale lembrar que logo depois de ser aprovada na Câmara dos Deputados, o texto em questão foi direto para o Senado, onde está parado há quase um ano. Boa parte dos senadores consideraram que o documento não era o ideal e que não teria relação com o Auxílio.

Para tentar barrar a resistência dos senadores, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, traçou um segundo plano: fatiar o documento em dois. Assim, o Governo Federal poderia separar as partes mais polêmicas do texto e aprovar primeiro apenas os pontos que são mais passivos de uma unidade dentro do Congresso Nacional.

Em entrevista recente, Guedes disse que a tendência é que o Governo consiga aprovar todas estas reformas até o final deste ano de 2022. Isto considerando um cenário em que o presidente Jair Bolsonaro seja reeleito nas eleições de outubro deste ano. Em caso contrário, a tarefa ficaria para o o outro presidente.

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O Auxílio Brasil

O Governo Federal iniciou os pagamentos do programa Auxílio Brasil ainda em novembro do ano passado. Na ocasião, o projeto fazia liberações médias de R$ 220 e logo a partir de dezembro passou a liberar R$ 400 mínimos.

No último mês de julho, o Congresso Nacional aprovou a chamada PEC dos Benefícios. Entre outros pontos, o documento liberou R$ 41 bilhões para que o Governo aplicasse em seus projetos sociais em pleno ano de eleições.

O Auxílio Brasil, por exemplo, passou de um patamar mínimo de R$ 400 para R$ 600. De toda forma, o adicional extraordinário de R$ 200 já tem data para acabar: será no próximo mês de dezembro. Depois disso, volta o valor original.

Agora a discussão gira em torno justamente da continuidade deste valor. O Governo vai conseguir manter os R$ 600 a partir de 2022? Pelo menos do ponto de vista oficial, ainda não há uma resposta para esta pergunta.

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