Lula e Bolsonaro avaliam mudanças nas propostas do Auxílio Brasil

Lula e Bolsonaro disputarão um segundo turno com narrativas e propostas diferentes sobre os pagamentos do Auxílio Brasil a partir de 2023

A disputa de segundo turno das eleições presidenciais começou, e Lula e Bolsonaro estão realizando uma série de reuniões com aliados para afinar o discurso sobre uma série de temas, inclusive o Auxílio Brasil. O programa, que já estava em foco durante o primeiro turno, não deve sair de evidência, mas pode ser alterado.

No caso de Bolsonaro, o plano é fazer ainda mais promessas em torno do Auxílio Brasil. Ele pretende manter o discurso de que não reduzirá o valor dos pagamentos em 2023, caso seja reeleito este ano. Vale lembrar que o governo enviou a proposta de orçamento para o próximo ano com o indicativo de patamar de R$ 405.

Além de dizer que não vai diminuir o valor, Bolsonaro agora diz também que poderá pagar uma espécie de 13º salário para as mulheres titulares do programa social. Antes, ele já tinha dito que pagaria um adicional de R$ 200 por família que faz parte do benefício.

Do lado de Lula, também há a promessa de manter o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil. De todo modo, ele também afirma que poderá pagar um adicional de R$ 150 por crianças menores de seis anos de idade. Como se trata de um saldo acumulativo, cada família poderá receber mais a depender da quantidade de filhos nesta faixa etária.

Lula também promete acabar com o teto de gastos, ao menos para bancar as despesas de cunho social, como é o caso do Auxílio Brasil. O petista disse também que poderá pagar os valores de acordo com a quantidade integrantes de família, e não mais repassar o mesmo patamar mínimo para todos, como acontece hoje.

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O fator 3ª via no Auxílio Brasil

Nesta passagem de primeiro para o segundo turno das eleições presidenciais, há ainda um outro ponto que precisa ser considerado: a terceira via. Candidatos como Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) podem ajudar a mudar o discurso sobre o Auxílio Brasil.

Explica-se: mesmo que eles não tenham conseguido desempenhos positivos nesta eleição, juntos eles somaram quase 9 milhões de votos. Trata-se de um capital político que permite que eles barganhem propostas com Lula e Bolsonaro.

Informações de bastidores apontam que tanto Ciro como Simone estão mais próximos de um acerto com Lula neste sentido. Tebet poderia levar, por exemplo, a proposta do auxílio de R$ 5 mil para quem concluir o ensino médio.

Já Gomes pode pedir para que Lula insira em seu plano de governo, a proposta de pagamento de uma renda básica de R$ 1 mil para os mais pobres. Até aqui, no entanto, não há nada de oficial confirmado.

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