terça-feira,
4 de novembro de 2025

Previdência e salário mínimo: saiba quais são as propostas dos candidatos

Veja o que o plano de governo e as respostas dos candidatos à presidência dizem sobre a previdência e o salário mínimo.

- Anúncio -

Parte considerável dos brasileiros dependem da previdência social e do salário mínimo para sobreviver. Diferentemente das campanhas presidenciais anteriores, desta vez os candidatos têm falado pouco sobre o assunto. Em entrevistas e no debate para as eleições de 2022 o tema tem estado ausente.

Desse modo, para entender melhor o que pensa cada um dos candidatos sobre a questão é necessário analisar o plano de governo dos presidenciáveis.

Abaixo segue a consideração dos planos de cada um dos candidatos mais bem colocados na corrida presidencial sobre a previdência e o salário mínimo.

Baixe nosso aplicativo!

Fique por dentro das notícias dos seus benefícios e direitos.

Download Grátis

Além dessa análise, a pesquisa é feita com base no levantamento feito pela Folha de São Paulo através de perguntas feitas aos candidatos, Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

Entretanto, somente três dos quatro candidatos enviaram respostas acerca das perguntas feitas: Lula, Ciro e Simone Tebet se posicionaram. Já o presidente Jair Bolsonaro não deu respostas; a campanha do atual presidente e candidato à reeleição afirmou que ele e nenhum representante iria falar sobre a reforma da previdência.

 

Propostas dos presidenciáveis para a previdência e o salário mínimo

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Uma das propostas do presidenciável é valorizar o salário mínimo. Para que isto aconteça é necessário reajustar o valor acima da inflação. A medida foi colocada em prática na época dos governos petistas onde a correção era feita levando em consideração o reajuste inflacionário e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

Essa política não somente corrige o valor do salário mínimo de acordo com a inflação, mas aumenta o poder de compra. Aposentados, pensionistas, beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada), entre outros são beneficiados.

Contudo, segundo especialistas, esse aumento impactaria os gastos públicos. A resposta do ex-presidente é que, feita de forma responsável e levando em consideração que o maior poder de compra movimenta a economia interna, a medida não será negativa às contas públicas.

Além disso, Lula afirma que pretende rever pontos polêmicos como a questão da idade mínima da aposentadoria e redutores da pensão por morte.

Jair Bolsonaro (PL)

A questão da previdência e do salário mínimo não são debatidos nem no plano de governo; também não houve nenhuma resposta à reportagem.

Apesar de propor uma política de valorização do salário mínimo, tal não aconteceu; o piso salarial e da aposentadoria apenas é corrigido anualmente de acordo com a inflação, o que não quer dizer aumento real ou valorização dos mesmos.

Ciro Gomes (PDT)

Apesar de não tratar diretamente sobre o tema em seu plano de governo, o candidato à presidência, Ciro Gomes respondeu às perguntas da reportagem afirmando que irá implementar a valorização do mínimo, além de promover uma reforma da previdência.

A ideia é reajustar os valores acima da inflação. Contudo, para tal será necessária uma reforma fiscal e previdenciária a serem aprovadas pelo congresso.

Em relação à reforma da previdência, o pilar principal é fornecer uma renda mínima de R$ 1.000 aos brasileiros que estejam na linha de pobreza, sem precisar alterar o BPC e a aposentadoria rural.

O segundo ponto seria manter a aposentadoria atual para quem trabalha e contribui; o terceiro pilar seria implementar uma previdência privada voluntária que ficasse acima de determinado valor. Tudo depende da definição com o Congresso.

Simone Tebet (MDB)

A candidata que obteve crescimento depois do debate afirmou que em seu governo o salário mínimo terá o poder de compra preservado, assim como já acontece atualmente. A resposta à reportagem é de que  o reajuste de acordo com a inflação será a regra básica permanente.

Questionada sobre a reforma da previdência, pela qual votou favoravelmente, a candidata justificou dizendo que ela reduziu as disparidades.

Tebet também afirmou que pretende implementar o sistema previdenciário reduzindo a contribuição dos trabalhadores para um salário mínimo. Regras sobre aposentadorias especiais e pensões por morte não devem ser alteradas, ainda que não seja descartada uma revisão destes pontos.

Compartilhe:

Lucy Tamborino
Lucy Tamborino
Sou redatora estratégica com quase 10 anos de experiência, focada em traduzir informações complexas em narrativas impactantes que geram resultados reais. Desenvolvo conteúdos especializados, além de materiais como e-books para geração e conversão de leads. Também participei de coberturas jornalísticas em eventos médicos, acompanhando aulas e realizando entrevistas com palestrantes e visitantes.

Notícias relacionadas

Mais lidas da semana