PT ironiza críticos do salário mínimo: “teóricos do apocalipse”

O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lançou nota para reafirmar seu apoio a uma política nacional de valorização do salário mínimo. A agremiação política disse que este sistema não é prejudicial para a economia, e ironizou os críticos, afirmando que eles seriam os “teóricos do apocalipse”.

“Ao contrário do que alguns teóricos do apocalipse diziam, a valorização do salário mínimo não causou desemprego nem inflação descontrolada. Na verdade, essa política dinamizou a economia”, disse o partido na nota publicada em seu site oficial nesta semana.

“Afinal, com mais renda, os trabalhadores podiam consumir mais, o que aumentava a produção nas fábricas e gerava mais empregos. No mesmo período em que o salário mínimo subiu 74% acima da inflação, o Brasil criou mais de 20 milhões de postos de trabalho com carteira assinada.”

“Além disso, hoje não restam dúvidas de que a valorização do mínimo foi a maior responsável pela superação da fome. Garantir que a renda dos trabalhadores crescesse acima da inflação fez com que nunca faltasse dinheiro para encher o carrinho do mercado.”

“Na prática, essa política promoveu a maior distribuição de renda da história do país. O que acabou incomodando a minoria muito rica. Embora os ricos não estivessem perdendo dinheiro, eles estavam ganhando um pouco menos. E esse acabou sendo um dos motivos para que se desse um golpe em Dilma Rousseff.”

Salário mínimo em 2023

O texto publicado no site do PT é longo e elogia a política de salário mínimo do partido nos governos Lula e Dilma, mas não cita em nenhum momento o que vai acontecer com o valor deste ano. Hoje, este patamar está na casa dos R$ 1.302, mas há uma ala do partido que quer elevar ainda mais este valor.

Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, parte do Governo Federal defende que Lula eleve o salário mínimo para a casa dos R$ 1.320 a partir de maio deste ano. Esta ideia estaria encontrando resistência por parte de aliados do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. 

Um grupo de trabalho foi criado para tratar sobre o assunto. A ideia é chegar em um denominador comum e chegar em um aumento que não prejudique as contas públicas e não seja maior do que o espaço fiscal já está apontando. O desafio não deverá ser dos menores.

Na eleição do ano passado, o então candidato Lula chegou a prometer em diversas oportunidades que pagaria um aumento real do salário mínimo nos seus quatro anos no poder.