Disparam os pedidos de seguro-desemprego no Mato Grosso do Sul

O estado do Mato Grosso do Sul vem registrando nos últimos meses um movimento constante de aumento no número de solicitações do seguro-desemprego.

Segundo as informações oficiais, os números de 2022, já superam neste momento toda a quantidade de pedidos de auxílio no ano inteiro de 2021.

Dados do Ministério do Trabalho e da Previdência Social mostram que 71.593 pessoas já solicitaram o seguro-desemprego do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) este ano no estado do Mato Grosso do Sul.

Considerando o montante gasto, estamos falando de uma despesa de R$ 301 milhões para os cidadãos este ano.

No ano passado inteiro, estima-se que pouco mais 85 milhões de pessoas tenham solicitado este recurso no Mato Grosso do Sul. Estamos falando, portanto, de um aumento de pouco mais de 593 mil solicitações, mesmo considerando que ainda resta pouco mais de um mês para o fim deste ano de 2022.

Considerando apenas os dados deste ano de 2022, é possível dizer que março foi o mês que registrou o maior número de solicitações do seguro-desemprego no MS. Na ocasião, o Ministério captou pouco mais de 8 mil pedidos feitos de forma oficial. Este patamar não foi alcançado em nenhum mês do ano de 2021.

Fraudes no seguro-desemprego

Justamente nesta terça-feira (29), agentes da Polícia Federal (PF) deflagraram uma operação no interior do estado de São Paulo com intuito de combater possíveis fraudes no sistema do seguro-desemprego. A ação teve o apoio do Ministério do Trabalho e da Previdência, através da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista.

A operação levou o nome de Hemera, termo em latim que se refere à Deusa da Mentira. A investigação está ocorrendo sobre um grupo de pessoas que estaria praticando estelionatos de várias naturezas, com o objetivo claro de receber indevidamente as parcelas do seguro-desemprego.

Os agentes estão cumprindo quatro mandados de busca e apreensão. Dois deles estão acontecendo em escritórios localizados na cidade de Assis, em São Paulo. Desde a primeira fase da investigação, a PF está colhendo provas de que o grupo estava comandando as fraudes.

A suspeita é que este grupo estava criando empresas jurídicas de fachada, que demitiam pessoas para que estes cidadãos recebessem o dinheiro do seguro-desemprego, também de forma indevida.

O seguro-desemprego é uma espécie de benefício pago para as pessoas que passam por uma demissão sem justa causa. O período de recebimento do saldo, bem como o valor recebido pelos cidadãos varia conforme as condições de cada trabalho.