Simone Tebet promete manter Auxílio Brasil na casa dos R$ 600

A candidata do MDB à presidência, Simone Tebet (MBD) disse que pretende manter o valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600. De acordo com a senadora, a ideia é mudar a legislação atual e manter o mesmo nível de pagamentos para o próximo ano. A congressista, no entanto, não explicou como conseguirá o feito.

Hoje, a indicação geral é de que o Auxílio Brasil no valor de R$ 600 somente será mantido até o final deste ano de 2022. A partir de janeiro de 2023, o plano de orçamento do Governo Federal é mudar a regra e passar a pagar apenas R$ 405. Embora o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometa mudar o sistema, ainda não há nada de oficial neste sentido.

Em visita ao estado de Minas Gerais, Tebet disse que a prioridade do seu governo será o combate à pobreza. Ela apresentou um projeto de diminuição da miséria. A senadora já chegou a pincelar este assunto durante a entrevista que concedeu ao Jornal Nacional, da TV Globo, e também durante o debate da TV Bandeirantes no final do mês passado.

“Tudo para que um menino como o Miguel, de 11 anos, de Belo Horizonte, não tenha de ligar para o 190, telefone da Polícia Militar, pedindo ‘pelo amor de Deus, venha aqui que estou há três dias sem comer’”, disse ela. A candidata também disse que pretende manter o Cadúnico nas mãos das gestões municipais.

“É preciso devolver esse sistema para quem sabe fazer gestão, para quem sabe cuidar das pessoas, que são os municípios”, completou a emedebista. Na avaliação da candidata, hoje a gestão do Cadúnico estaria muito mais nas mãos do Governo Federal, o que poderia dificultar a captação de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Além de Tebet

A candidata Simone Tebet não é, de fato, a única a prometer manter o valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 a partir do próximo ano. O próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) também afirma que a manutenção já está confirmada.

O ex-presidente Lula (PT) também promete manter os R$ 600 para o próximo ano. Além disso, o petista também indica que poderá pagar um valor dobrado para as mães solo, além de um adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade.

Ciro Gomes (PDT) foi além e prometeu criar um programa de renda básica permanente no valor de R$ 1 mil por mês. Ele disse que poderia bancar a medida com a taxação daqueles que ele nomeou como os “super ricos”.

Na avaliação dos principais analistas econômicos, as propostas dos candidatos são ousadas, e no geral carecem de explicações práticas. Vale lembrar que o Brasil ainda está passando por dificuldades econômicas e sociais.