quarta-feira,
3 de dezembro de 2025

Alerta CLT! Novas regras de férias em vigor. Veja limites para fracionamento

As férias remuneradas continuam sendo um dos direitos mais tradicionais por quem trabalha com carteira assinada

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A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) passou por uma atualização significativa em 2025, especialmente no que tange às regras de concessão de férias. 

Embora o direito fundamental a 30 dias de descanso remunerado tenha sido mantido, as alterações implementadas buscam remodelar a dinâmica entre empregadores e empregados, visando maior transparência, equilíbrio e previsibilidade nas relações de trabalho.

O propósito central da revisão legal é garantir que o direito às férias seja respeitado integralmente e sem surpresas de última hora, eliminando práticas burocráticas e abusivas do passado.

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Comunicação antecipada de 30 dias

Entre as novidades mais relevantes, destaca-se a exigência de comunicação antecipada do período de férias. Agora, as empresas têm a a obrigação de informar o funcionário sobre o início de seu descanso com, no mínimo, 30 dias de antecedência. 

Este comunicado deve ser formalizado e entregue por escrito. A medida visa acabar com a prática comum de notificar o trabalhador de forma tardia, permitindo que ele se planeje adequadamente.

Outra mudança de grande impacto é a instituição da multa automática para os casos em que as férias não ocorrem dentro do prazo legal de 12 meses. 

Anteriormente, o trabalhador, muitas vezes, precisava acionar a Justiça do Trabalho para ter seu direito cumprido, resultando em processos lentos e onerosos. Com a nova regra, aplica-se a penalidade de forma imediata, reforçando o poder de fiscalização e assegurando uma proteção mais rápida ao empregado.

Como ficou o fracionamento das férias?

O fracionamento das férias, ou seja, a divisão dos 30 dias em períodos menores, se manteve, mas agora está submetido a critérios mais rigorosos, reduzindo a margem de discricionariedade do empregador.

A nova legislação determina que o primeiro período de fracionamento deve ter no mínimo 14 dias consecutivos. Os períodos subsequentes devem contar com, ao menos, 10 dias cada. 

Fica expressamente proibida a divisão em períodos inferiores a uma semana. Além disso, a empresa precisa justificar formalmente a necessidade da divisão, e o trabalhador detém o direito de recusar o fracionamento, garantindo uma negociação mais equilibrada.

Exemplo de fracionamento válido

‘Para um trabalhador com 30 dias integrais de férias, a divisão em três períodos, que é o limite máximo que se permite, pode ocorrer da seguinte forma:

  • 1º Período: 14 dias (Mínimo legal obrigatório)
  • 2º Período: 10 dias (Mínimo legal para o segundo e terceiro períodos)
  • 3º Período: 6 dias

Avanço na valorização do trabalhador

No geral, as novas diretrizes da CLT refletem um esforço do governo em modernizar a legislação trabalhista e prevenir conflitos. 

Ao estabelecer prazos, critérios e punições mais bem definidos, o ambiente profissional se torna mais previsível e menos suscetível a práticas arbitrárias.

Por fim, especialistas em direito trabalhista avaliam que as mudanças representam um avanço importante na valorização do trabalhador e na transparência das relações laborais. 

Com a comunicação obrigatória, a multa automática e a limitação do fracionamento, as novas regras reforçam a importância do planejamento.  Além do diálogo e do cumprimento integral de um dos direitos mais essenciais da CLT.

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Ana Lima
Ana Lima
Ana Lima é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e já atua na profissão há mais de 30 anos. Já foi repórter, diagramadora e editora em jornais do interior e agora atua na mídia digital. Possui diversos cursos na área de jornalismo e já atuou na Câmara Municipal de Teresópolis como assessora de imprensa.

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